Consumidor se divide entre shopping e centro comercial

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Era para as portas das lojas ficarem abertas até à meia-noite, mas o movimento de clientes abaixo do esperado depois das 22 horas tem obrigado a maioria dos lojistas do centro comercial da capital a fechar as portas mais cedo. A Federação do Comércio não acredita que esse fenômeno seja resultado só do grande movimento que ocorre no novo shopping, mas sim, de uma peculiaridade do Natal deste ano.

A Fecomércio e o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio formalizaram uma convenção coletiva que permitia aos trabalhadores o expediente até à meia-noite a partir da semana que antecedia do Natal. “Mas tivemos um Natal diferente este ano porque ele foi precedido por um fim de semana. Então muita gente fez as suas compras no sábado e no domingo”, avalia o presidente da Fecomércio Ladislau Monte.

Compras Natal (3)

A federação espera que as vendas sejam muito boas na segunda-feira, 23, e na terça-feira véspera de feriado. A expectativa é que as lojas funcionam só até às 21 horas do dia 24.

Apesar disso foi visível a redução de carros nas ruas do centro, assim como a quantidade de pessoas entrando e saindo de lojas este ano. Nos primeiros dias do novo shopping, os lojistas tradicionais já acreditavam que o centro comercial viraria um centro mais popular de vendas. O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), entidade ligada ao comércio lojista, já tinha detectado isso em um estudo recente. “O novo shopping dividiu sim a demanda, mas temos pesquisa de revela que a maioria das pessoas ainda vai continuar fazendo suas compras no tradicional centro comercial”, comenta Monte.

Esse desempenho depende muito do que as pessoas procuram comprar. As lojas das ruas Cândido Mendes e São José ainda concentram a maior oferta de brinquedos e eletroeletrônicos. Foi isso que atraiu clientes como o funcionário público Carlos Gonçalves. “Estou aproveitando o dia de folga. Aqui tem mais oferta”, disse ele comprando em uma importadora na Rua Cândido Mendes.

Compras Natal (2)

No shopping as grandes franquias nacionais oferecem roupas boas a preços mais acessíveis. “São públicos com objetivos diferentes”, analisa o presidente da Federação do Comércio.

Não existe um número exato de empresas comerciais no Amapá. Por causa da burocracia, muitas empresas são fechadas na prática, mas legalmente continuam ativas na Junta Comercial de Macapá.

Seles Nafes
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