Depois de onda de violência, PM diz que ‘Fecha Batalhão” não tem prazo para terminar

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Sábado, 15 de Fevereiro – 03:30

Solicitante informou que está trancado no banheiro de uma residência na Rua Leopoldo Machado, Bairro do Trem. Ele acabou de ser vítima de um assalto. Duas pessoas encapuzadas entraram em sua casa, o renderam e trancaram em um dos cômodos. Roberval Alves Moreira e seu filho foram amarrados com fita adesiva. Os assaltantes levaram vários objetos da casa, incluindo o veículo da família.

Domingo, 16 de Fevereiro – 04:18

Policiais do 1º Batalhão informaram que foram recebidos a tiros quando se aproximaram de uma residência localizada na Avenida Mucajá, bairro Santa Inês. Os policiais também atiraram contra os bandidos. Os infratores conseguiram fugir se esgueirando pelas ruas. Ao entrarem na residência os policiais encontraram três pessoas amarradas e com sinais de agressão física. Eles contaram que foram surpreendidos por dois bandidos armados que levaram apenas celulares e uma porta cédulas. A policia foi acionada após os vizinhos escutarem os gritos de uma das vítimas.

Esses foram dois dos vários casos de roubo à residência que ocorreram apenas neste fim de semana na capital. Além desses crimes, foram registrados mais quatro casos de assaltos, sendo três a estabelecimentos comerciais.

OPREAÇÃO FECHA BATALHÃO

Essa modalidade de crime tem sido uma constante nas estatísticas policiais e aterroriza o macapaense que já não abre mais o portão de casa com a tranquilidade de alguns poucos anos atrás. O medo aumentou com as ameaças disseminadas nas redes sociais, como no aplicativo “Whtasapp”, após a tentativa de assalto que terminou com a morte de um sargento da Policia Militar. 

A Polícia Militar reagiu anunciou na manhã desta segunda-feira, 17, o aumento do contingente nas ruas por meio da operação “Fecha Batalhão”. A iniciativa, que não é inédita, visa diminuir a quantidade de oficiais nos gabinetes administrativos e políticos. “A operação mudará a escala dos policiais alocados nos serviços administrativos, para conseguirmos ter mais efetivo nas ações ostensivas. Uma forma de dar uma resposta imediata à população é coibir a quantidade de crimes que vem ocorrendo” contou o Sargento da polícia milita, Aroldo Silva.

OPERAÇÃO FECHA BATALHÃO (2)

Segundo a PM a operação é uma resposta que busca coibir a criminalidade no Estado, aumentando o número de viaturas em ações ostensivas, assim como a quantidade de policiais nas ruas da cidade. “Nesse primeiro momento pretendemos aumentar o número de policiais em  alguns pontos específicos com históricos de violência latente, como as ruas do Congós, Buritizal, no entorno da Ponte Sérgio Arruda, Cidade Nova e Perpétuo Socorro, locais que observamos que recebem maiores chamados”,  acrescentou o sargento.

As atividades administrativas na PM não cessarão, mas contarão com menos oficiais. “Pelo menos dois dias na semana eles estarão dentro das ações policiais nas ruas. O mesmo irá acontecer nos demais serviços administrativos”, explicou Silva.

Na semana passada a Secretaria de Justiça e Segurança Público admitiu que quase metade do efetivo que precisa para reforçar o policiamento nas ruas está à disposição de órgãos estaduais, gabinetes administrativos e políticos. A operação Fecha Batalhão foi anunciada hoje, oficialmente, mas está acontecendo na prática desde a última quinta-feira, 13, e não data para ser finalizada. 

Seles Nafes
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