Turma da Tribo: personagens que tomam açaí, comem maniçoba e protegem a Amazônia

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A Amazônia é rica em literatura clássica, poesia, jornalismo e também nos quadrinhos. Prova disso é o trabalho do roteirista Gian Danton, que acaba de lançar o quadrinho infantil a Turma da Tribo. As histórias são focadas em temas regionais, como a preservação da floresta, e se destacam pelos trocadilhos e humor gráfico.

Os personagens vivem dentro da realidade amazônica

Os personagens vivem dentro da realidade amazônica

O lançamento oficial foi realizado na Biblioteca Pública Elcy Lacerda, como parte da programação alusiva ao Dia Nacional do Quadrinho, comemorado no último dia 30 de janeiro. O gibi foi um dos projetos contemplados com o edital de literatura “Simãozinho Sonhador”.

O professor Ivan Carlo, no universo mágico dos quadrinhos, é conhecido nacionalmente como Gian Danton.

O professor Ivan Carlo, no universo mágico dos quadrinhos, é conhecido nacionalmente como Gian Danton.

Na história, os índios Poti, Apoema e Toró, encontram uma área de floresta devastada, com árvores caídas para todos os lados. Logo descobrem que se trata do plano de um vilão e seus desastrados ajudantes, que pretendem se apoderar de toda a madeira de lei da reserva. Para impedi-los, o trio contará com a ajuda de Baquara, o inventor da tribo. Mas a grande ajuda mesmo acaba vindo de um ser da floresta, o Caipora. A história em quadrinho é roteirizada pelo professor Ivan Carlo, que usa o pseudônimo de Gian Danton em sua carreira no mundo dos quadrinhos. As ilustrações são do desenhista europeu Ricardo Manhaes.

A ideia de fazer um quadrinho amazônico é valorizar a cultura regional. “Eu queria fazer um quadrinho para valorizar o que é nosso, tanto em termos de cultura como em meio ambiente. Se você compra um quadrinho nacional você está comprando também a cultura e do Sul e Sudeste, então eu queria que os personagens tivessem nossa linguagem, comessem maniçoba, açaí com camarão e que tivesse a nossa realidade refletida”, justifica o roteirista Gian Danton.

Publicações como essa no Amapá destacam a preocupação como o desmatamento da Amazônia. “A gente sabe que nem todos os quadrinhos têm histórias bem amarradas. Esse do Gian é muito importante, porque ensina o publico infantil a partilhar a importância ecológica e histórica dos índios e se ambientar mais com a nossa realidade local”, avalia a universitária Andréa Maciel.

Estudante Andréa Maciel acredita que obras como a Turma da Tribo ajudam as crianças a criar uma identidade ecológica e de interesse pela cultura indígena

Estudante Andréa Maciel acredita que obras como a Turma da Tribo ajudam as crianças a criar uma identidade ecológica e de interesse pela cultura indígena

O Dia Nacional do Quadrinho é comemorado desde 1985, em homenagem ao desenhista Ângelo Agostini, que foi pioneiro ao publicar a tira do personagem Nhô Quim, em 30 de janeiro de 1969. Em Macapá, além do lançamento do gibi da Turma da Tribo, a festa contou com a exibição de filmes, debates e palestras.

 

Seles Nafes
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