Crime da Divina Arte: advogado diz que acusados estavam lanchando

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Nesta sexta-feira, 6, aconteceu na 3ª Vara Criminal de Macapá, a primeira audiência de instrução que antecede o julgamento de três pessoas acusadas de assaltar a lanchonete e restaurante Divina Arte no dia 12 de fevereiro deste ano. Durante o assalto, o sargento da Polícia Militar, Luiz Eduardo Vieira de Moraes, morreu numa troca de tiros com um dos criminosos, Jonatan Correa Lopes, que também veio a óbito. Nove testemunhas foram ouvidas na audiência, além de um menor que participou do crime.

Tatiane Sabrina Modesto Dias, de 27 anos, e os irmãos Wladimir Araújo Marques e Odenir Araújo Marques, estão presos desde o dia 13 de fevereiro. O menor cumpre medida sócio-educativa. Os três réus são acusados de participar do assalto que culminou com a morte do PM. “Estamos apurando se os réus têm participação no crime. A acusação relata que o Odenir levou o Jonatan e o menor para fazer o assalto. A Tatiane e o namorado dela, Wladimir, teriam feito análise do local e seriam informantes dos criminosos”, explicou o promotor, João Paulo de Oliveira Furlan.

Sargento Vieira foi morto em troca de tiros com o assaltante que também morreu

Sargento Vieira foi morto em troca de tiros com o assaltante que também morreu

A defesa enfatiza que os réus não têm ligação com o crime, e que a lanchonete nem chegou a ser assaltada. O advogado de defesa, Adolfo Nery, diz que o crime tem características de execução e não latrocínio como afirma a acusação. “O proprietário do estabelecimento disse que não foi assalto. Tudo aconteceu na calçada. Só ligaram os meus clientes no processo porque o menor foi persuadido pela PM a dizer que Odenir era o “Pretão” (conhecido pela polícia por prática de assaltos). Na verdade Odenir não é o “Pretão”. A Tatiane responde a outro processo e por isso foi envolvida também”.

Corpo do Sargento da PM cercado por curiosos. O policial não teria visto um comparsa do primeiro assaltante.

Corpo do Sargento da PM cercado por curiosos. O policial não teria visto um comparsa do primeiro assaltante.

O advogado defende que não há nenhum envolvimento dos acusados com o crime. Ele diz que Tatiane, o namorado e o pai dela, estariam próximos da lanchonete e decidiram entrar. O convite para lanchar foi feito pelo cunhado dela, o Odenir. “Três pessoas participaram dessa execução. O Jonatan, que foi morto na troca de tiros; o menor, que já está cumprindo medida sócio-educativa e o “Pretão”, que foi citado como mandante do crime pelo menor. Esse último ainda está solto”, ponderou o advogado de defesa.

A próxima audiência está marcada para o dia 24 deste mês, quando os réus serão ouvidos.

Seles Nafes
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