Começa guerra contra febre chikungunya em Macapá

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Depois de 4 casos confirmados da  febre Chikungunya no Amapá (2 originados no Estado), a Secretaria Municipal de Saúde de Macapá (Semsa) iniciou nesta quinta-feira, 18, no Distrito de Fazendinha um plano de contingência contra a doença. A ação considerada prioritária consiste na borrifação de inseticidas para o controle de larvas, além de orientação de equipes de educação e saúde. A meta da secretaria é passar por todos os bairros da capital.

O plano de contingência mobiliza 120 agentes de endemias que trabalham em áreas consideradas prioritárias, de acordo com o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação (Lira) e locais de trânsito de pacientes já confirmados com a doença. “Nós começamos aqui na Fazendinha porque uma pessoa com diagnóstico confirmado passou por aqui, mas todos os bairros de Macapá serão incluídos”, explicou o chefe do Departamento de Vigilância Ambiental, Josean Silva.

Moradores da ponte do Pantanal, em Fazendinha, receberam orientações sobre a doença

Moradores da ponte do Pantanal, em Fazendinha, receberam orientações

A febre chikungunya é uma doença viral parecida com a dengue e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti infectado. Embora tenham sintomas semelhantes, as características são distintas. Diferentemente da dengue, a doença não possui forma hemorrágica e é raro surgirem complicações graves.

Segundo a Divisão de Vigilância Epidemiológica do Estado do Amapá, é quase inevitável que a febre chikungunya chegue em Macapá nos próximos meses (os primeiros casos são de Oiapoque). Para os técnicos do órgão, os estrangeiros que entram no Estado pelo município de Oiapoque podem trazer a doença sem apresentar os sintomas. Assim, mosquito transmissor da doença fica aqui, e eles voltam para seus países.

Érica Fonseca, moradora de Fazendinha, apoia o combate

Érica Fonseca, moradora de Fazendinha, apoia o combate

No Distrito da Fazendinha foram borrifados 80 litros de inseticidas na Ponte do Pantanal, conhecida como “Ponte do Apertadinho”. De acordo com agentes de endemias, cerca mil casas passaram pelo controle larvário e receberam orientação sobre a importância do acondicionamento correto do lixo para evitar possíveis criadouros.

A ação serve como barreira para o vírus chikungunya, já que o produto utilizado na borrifação tem ação paralisante, o que ocasiona a morte do mosquito transmissor. A doméstica, Erica Fonseca Cardoso, 24 anos, reside no local há 14 anos e sempre ouviu falar de casos de dengue. “Eu mesma nunca peguei, mas já ouvi relatos de vizinhos. Eu acho importante essa forma de prevenção, mas acredito que a população pode ajudar combatendo criadouros e armazenando corretamente o lixo”, frisou.

As ações na Fazendinha continuam até sexta-feira, 19, e em seguida partem para o bairro Zerão. A Semsa estima dois meses de trabalho intenso na capital.

 

Seles Nafes
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