“Chegamos ao nosso limite”, diz vigilante ao queimar pneus na FAB

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Servidores de empresas contratadas pelo governo do Estado protestaram nesta quinta-feira, 18, para cobrar três meses de salários atrasados. Eles queimaram pneus e fecharam a Avenida FAB, principal via do Centro de Macapá. O protesto concentrou-se em frente à Secretária de Estado da Saúde. Merendeiros e vigilantes, que já estão em greve desde o início de dezembro, receberam reforço dos trabalhadores que prestam serviço na área de saúde.

Trabalhadores fecham a Avenida FAB, a principal via do centro administrativo de Macapá

Trabalhadores fecham a Avenida FAB, a principal via do centro administrativo de Macapá

Mais de 9 mil trabalhadores terceirizados estão com pelo menos dois meses de salários atrasados, sem décimo terceiro e há três anos sem férias. Os servidores já realizaram inúmeras manifestações, mas hoje chegaram ao extremo de queimar pneus próximo ao Hospital das Clinicas Alberto Lima (Hcal). “Não temos nenhuma informação de quando seremos pagos. Já fomos ao governo, secretarias e Assembleia Legislativa, mas não temos resposta. Chegamos ao nosso limite”, desabafou o vigilante José Cabral.

O Corpo de Bombeiros foi chamado para apagar as chamas abafar a fumaça dos pneus

O Corpo de Bombeiros foi chamado para apagar as chamas e abafar a fumaça dos pneus

De acordo com o secretário adjunto da Saúde, Denilson Magalhães, o dinheiro para pagar empresas terceirizadas ainda não caiu na conta do Estado. Mas ele reclama que as empresas precisam ter lastro suficiente para garantir os salários dos trabalhadores por pelo menos três meses. “Não tem dinheiro. As empresas assinam contrato mostrando que têm capacidade técnica de pagar três meses de salário e décimo terceiro. Mesmo com o atraso do governo os salários dos servidores deveriam estar em dia”, declarou o secretário.

José Cabral, vigilante que está há três meses sem receber

José Cabral, vigilante que está há três meses sem receber

Os servidores prometem fazer greve até serem atendidos pelo governo. “O trabalhador está reivindicando uma obrigação do estado. Trabalhamos e não recebemos. Isso não é certo. Queremos pelo menos alguém para dialogar”, pediu o vice-presidente da Associação dos Servidores de Asseio e Conservação do Amapá (Stacap), Júnior Dias.

A assessoria de Comunicação de Assembleia Legislativa informou que o projeto de remanejamento de recursos solicitado pelo Estado, continua na Comissão de Finanças e poderá entrar em pauta na próxima semana.

Seles Nafes
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