Crise financeira: protesto reúne categorias com salários atrasados

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Mais de nove mil funcionários terceirizados do governo do Estado correm o risco de passar o Natal sem dinheiro. Merendeiras e vigilantes estão com três meses de salários atrasados, e sem previsão de pagamento. Na manhã desta sexta-feira, 12, as categorias se juntaram e protestaram em frente à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na Avenida Fab.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Regime Celetista da Educação (STRCE), sete mil funcionários contratados pelo Caixa Escolar estão com atividades paralisadas desde o dia 2 de dezembro pelo atraso de três meses de salários, férias e décimo terceiro de 2014. “Não temos posição nenhuma do governo ou da empresa. A Assembleia também não tem previsão de votação. Não há respeito nenhum por nós”, desabafou o presidente do STRCE, Antônio Carlos Vasconcelos.

José Cabral, do Sind. de Asseio: "sem condições de continuar"

José Cabral, do Sind. de Asseio: “sem condições de continuar”

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação (Stacap), mais de dois mil funcionários que prestam serviço de vigilância para escolas públicas e secretarias estão com cinco meses de atraso no salário. “Não tem condições de continuar assim. Estamos reivindicando o dinheiro que é nosso. No contrato a empresa se comprometeu em nos pagar, mas não é o que está acontecendo”, afirmou o vigilante José Cabral. Pelo menos três empresas, das quatro que prestam serviços de vigilância para o estado, estão com os salários atrasados. Os trabalhadores já anunciara greve para próxima segunda-feira, 15.

Algumas categorias já entraram em greve. Outras paralisam a partir de segunda, 15

Algumas categorias já entraram em greve. Outras paralisam a partir de segunda, 15

De acordo com o secretário adjunto de Saúde do Estado, Denilson Magalhães, a manifestação é legal, mas a situação não seria apenas culpa do Estado. “A manifestação é legitima. É um direito deles. Mas vale frisar que as empresas, quando assinam o contrato, se responsabilizam com a capacidade técnica de pagar três meses de salário e décimo terceiro”, ressaltou o secretário. Segundo ele, os pagamentos para as empresas ainda não foram efetuados por que os repasses do governo federal estariam atrasados.

A manifestação conjunta das categorias sensibilizou outros trabalhadores de empresas terceirizadas. “Eu estava com quatro meses de salários atrasados, mas agora já está resolvido. Me sensibilizei com a causa e decidi apoiar os companheiros. A situação deles é pior porque não há diálogo”, afirmou a vigilante Fernanda Brito.

 

Seles Nafes
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