A vítima fatal do acidente da manhã desta segunda-feira, 22, no Centro Comercial de Macapá, era muito conhecida na noite de Macapá, especialmente no meio musical. Roberto Carlos Miranda Leão, de 48 anos, o Betola, foi um dos precursores do samba e do pagode nas noites de Macapá.
Nos anos de 1980, Betola fundou um dos primeiros grupos de samba do Amapá, Os Químicos do Samba, com os amigos Eldo Savino, Elídio Carneiro, Odir Filho e Francisco Silva, o DJ Chico. Nos anos seguintes enveredou pelo pagode, ritmo que o deixou conhecido na boemia amapaense. “Fiquei muito triste, emocionado. Quando vi a foto eu logo reconheci ele. Com certeza vai fazer falta na música”, comentou Dj Chico.
Betola era conhecido também pelo alto astral. Gostava de contar piadas, era amante da noite e da música, e gostava também de compor. Nos últimos tempos vinha dividindo os palcos com integrantes da banda Gente da Gente, e recebendo convites para apresentações no Pará. Além da música, Betola foi jogador de volei com passagem pela seleção amapaense.
Bombeiros lutam para retirar corpo de Betola das ferragens
Ao morrer nesta segunda-feira, 22, num acidente que ainda está sendo investigado, Betola deixou uma filha. A Polícia Técnica ainda irá determinar qual foi a causa do acidente, e quem realmente estava dirigindo na hora do capotamento.
O acidente aconteceu às 7 horas da manhã, no cruzamento da Avenida Padre Júlio Maria Lombaerd, no Centro Comercial. Uma testemunha disse que o veículo de Betola seguia em alta velocidade no sentido Santa Rita/Centro, quando perdeu o controle e bateu num poste. O carro estaria sendo conduzido por uma mulher que teve ferimentos e foi levada para o Hospital de Emergência. O nome dela não foi divulgado.
