identidade comprometida: Centro de Cultura Negra tenta se reerguer

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Alguns moradores do Bairro do Laguinho se reuniram no sábado, 10, para um mutirão de limpeza do Centro de Cultura Negra do Amapá, que está praticamente abandonado. A entidade está com sua estrutura física comprometida e enfrenta problemas financeiros. Para se ter uma ideia da situação, a energia foi cortada por conta de um dívida de R$ 300 mil com a CEA. O mutirão é o primeiro passo no sentido de reativar o Centro.

Cerca de 25 pessoas arregaçaram as mangas e trabalharam em todo o espaço que possui quatro prédios, entre administração, auditório, museu e tenda inter-religiosa. “Só olham pra esse Centro na Semana da Consciência Negra. Depois é esquecido. Não adianta pedir ajuda do Estado se a própria comunidade não ajuda manter o espaço. Esse e o primeiro de muitos trabalhos para este ano”, declarou um dos membros do Centro, Yuri Ramos.

Moradores do Laguinho e garis se juntaram para o mutirão

Moradores do Laguinho e garis se juntaram para o mutirão

A sujeira é só um dos vários problemas enfrentados pela comunidade. A dívida com a CEA é o que mais preocupa no momento. “Vamos reunir com a diretoria da CEA para tentar renegociar essa dívida de mais de R$ 300 mil. Hoje apenas uma parte do Centro tem energia”, disse uma das diretoras da instituição, Elizia Congo.

De acordo com a diretoria, a partir de fevereiro o espaço deve voltar com atividades culturais. Já estão programadas apresentações dos grupos Raízes do Marabaixo, Berço da Favela, grupos de capoeira e teatro. A diretoria também pretende reativar o Museu do Negro. “Há uma necessidade muito grande de mantermos nossa história para as novas gerações e esse espaço é o ideal para isso. Os amapaenses precisam resgatar a história do negro”, frisou a diretora. 

Seles Nafes
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