Operação limos: Prefeito afasta servidores investigados pela PF

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A Operação Limos, deflagrada pela Polícia Federal nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 21, que investiga fraude no cadastro do programa Bolsa Família, resultou no afastamento dos sete servidores da Prefeitura de Macapá. A notícia do afastamento foi dada pelo prefeito Clécio Luis (Psol) à tarde em uma entrevista coletiva. Agora a Prefeitura vai realizar uma auditoria para saber o tamanho real dos estragos causados pelos processos irregulares em cerca de mil cadastros do Bolsa Família.

Entre as pessoas afastadas estão a secretária de Assistência Social e Trabalho, Eliane Gonçalves, e a diretora do Instituto Municipal de Política e Promoção de Igualdade Racial (Improir), Cirlene Maciel. “Nós fomos pegos de surpresa. Nenhum governante quer acordar com uma operação da PF na sua porta. Desde as primeiras horas estamos contribuindo com as investigações, inclusive afastando as pessoas que foram listadas pela PF. Vamos esperar o fim das investigações para saber quais os prejuízos causados ao sistema do Bolsa Família”, contou Clécio Luiz.

Avião da PF que trouxe  30 policiais para a Operação Limos

Avião da PF que trouxe 30 policiais para a Operação Limos

Segundo o prefeito, a secretária Eliane Gonçalves era uma funcionária de carreira da Semast exercendo funções há mais de sete anos na secretaria. “A partir de agora o procurador geral do município, Emmanuel Dantas, passa a acumular a gestão da Semast”, informou Clécio.

Já para a cadeira de direção do Improir, foi indicada a subprocuradora do município Taísa Mendonça. Caso as fraudes sejam confirmadas, a prefeitura deve iniciar um processo administrativo contra os servidores que podem perder os cargos e serem demitidos do quadro do funcionalismo público municipal.

OPERAÇÃO LIMOS:

As irregularidades começaram a ser investigadas em outubro do ano passado depois de uma denúncia anônima que chegou à Polícia Federal. Tanto a PF quanto a prefeitura destacaram que as fraudes não chegaram a ser consolidadas porque ainda estavam em um processo de avaliação do Cadastro Único (Cadúnico) gerido pelo Governo Federal. “A acusação é muito séria, mas o sistema de cadastro também segue caminhos rígidos que impediram fraudes. Tanto é que o sistema é premiado pela Unesco, o que com certeza impediria que qualquer cadastro burlado fosse aceito”, concluiu Clécio Luis.

Seles Nafes
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