Gasolina: Após denúncias, Procon inicia nova fiscalização nos postos

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O Procon começou nesta sexta-feira. 20, uma nova fiscalização nos 68 postos de gasolina de Macapá e Santana, após o segundo aumento do ano, realizado no início da semana. A direção do órgão diz que a gasolina no Amapá não pode ser reajustada no mesmo patamar de outros estados.

O aumento é resultado de um reajuste dos tributos que incidem sobre o litro do combustível nas refinarias brasileiras. No mês passado, o Governo Federal já tinha anunciado a alta no combustível em R$ 0,22 por litro nas refinarias. Em Macapá, os consumidores encontraram o produto entre R$ 3,20 e R$ 3,57, já há denúncias de preços bem maiores na capital. O Procon ficou de revisitar os postos hoje.

Na primeira fiscalização o Procon autuou cerca de 50 postos

Na primeira fiscalização o Procon autuou mais de 50 postos

O novo reajuste ocorreu em plena segunda-feira de carnaval, dia 16, e não agradou o consumidor. “Somos a terceira maior economia de combustível do mundo e é esse absurdo. O Paraguai não tem um poço de petróleo e lá não chega a R$ 2 o litro”, analisou o tenente da PM Arilson Nascimento.

Atualmente, Macapá e Santana possuem 68 postos de combustíveis, e o Estado tem cerca de 100 revendedores. Em municípios como Laranjal do Jarí, no Sul do Amapá, a gasolina já chega a R$ 4,29. Em Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá, o litro é vendido a R$ 5.

Segundo o Sindicato dos Revendedores de Biocombustíveis no Amapá (Sindipostos), o segundo aumento de preço ocorreu em 15 estados. Na região Norte, apenas Amapá e Acre passaram pelo reajuste. “Esse reajuste é justificado. Mas os postos ainda podem aumentar mais. Depende do valor que será aplicado e na renovação do contrato com as revendedoras”, enfatizou o presidente do Sindipostos, Rodrigo Utzig.

Há duas semanas, o Procon do Amapá já tinha autuado mais de 50 postos por indícios de aumento abusivo. Os donos estão apresentando defesa, mas no final do processo deverão ser multados. “Vamos multar acima de R$ 50 mil. Eles não podem aplicar o mesmo reajuste dos outros estados porque o transporte de combustíveis aqui para o Estado tem subsídio do governo do Amapá”, explicou o diretor do Procon, Vicente Cruz.

(Foto capa: JDia)

 

Seles Nafes
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