R$ 45 milhões: Governo e bancos negociam dívida de empréstimos consignados

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Apesar de as parcelas terem sido descontadas dos salários todos os meses, os servidores estaduais devem cerca de R$ 45 millhões em empréstimos consignados para bancos e agentes financeiros. Ontem, 9, representantes de um dos bancos, a Caixa Econômica Federal, se reuniram com o governador Waldez Góes (PDT). O objetivo é tentar chegar a um acordo que permita a retomada do crédito para os funcionários até o próximo dia 19.

A partir de outubro do ano passado, o governo do Estado passou a descontar, mas não repassava as parcelas dos empréstimos. Só de servidores da saúde as empresas deixaram de receber R$ 10 milhões. Os empréstimos estão suspensos. “Na gestão passada, o valor era descontado da folha do funcionário público, mas não era repassado aos bancos. Agora, estão sendo cobrados pelas instituições financeiras. Só a dívida com a Caixa Econômica Federal chega a R$ 15 milhões”, informou o governador.

Um dos objetivos das negociações é impedir que o servidor público tenha o nome “negativado”. “Estamos negociando individualmente com cada instituição para ver o que é possível fazer, já que a dívida foi deixada pelo governo passado. Também estamos tomando as medidas cabíveis para que os responsáveis pelo desvio do dinheiro sejam punidos”, explicou Teles.

No fim do governo Waldez e durante os 9 meses de governo Pedro Paulo, no entanto, os servidores também tiveram empréstimos retidos e os nomes negativados. O episódio gerou ações movidas pelo Ministério Público do Estado e virou munição política do PSB contra Waldez durante a campanha eleitoral.

Waldez acabou inocentado no processo criminal, mas ainda responde na esfera cível. O novo governo Waldez assumiu encontrando a mesma situação. Na reunião, representantes da Caixa propuseram parcelar a dívida em 6 meses. O governo apresentou uma contraproposta de 9 parcelas. A CEF ainda não disse se aceita, mas a perspectiva é boa. “Até o dia 19 de fevereiro esperamos fechar acordos com todos os agentes financeiros. Já nos reunimos com a maioria deles”, frisou o secretário. 

Seles Nafes
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