Facas e drogas nas escolas: Estudantes ou açougueiros?

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Desde o início do ano a Divisão de Policiamento Escolar do 1º Batalhão já encontrou dezenas de facas com estudantes dentro de escolas da Zona Sul de Macapá. Além das facas, outros tipos de armas e drogas são encontradas nas mochilas, onde deveria haver apenas cadernos e livros. Na segunda-feira, 30, por exemplo, uma arma de brinquedo que poderia ser usada em assaltos foi apreendida dentro da escola estadual Cecília Pinto, que fica no Bairro do Muca.

Os policiais encontraram a arma durante uma vistoria feita a pedido da direção da escola. De acordo com o comando do 1º Batalhão da PM, a inspeção nas escolas vai continuar. A proposta é realizar um trabalho preventivo com palestras e atividades educativas, mas em casos de suspeita e de denúncia dos diretores, os alunos serão revistados.

A ação é mais uma atividade desenvolvida pela PM por meio do projeto Policiamento Escolar realizado pelo 1º Batalhão na área da Zona Sul de Macapá, que compreende 79 escolas públicas e mais 20 particulares. “Nós fazemos uma palestra pedagógica preventiva para os alunos e professores. Falamos sobre cidadania, danos causados por drogas, perspectiva de vida e disciplina. Em muitos casos os diretores das escolas nos acionam quando existe suspeita de tráfico dentro do ambiente escolar”, afirmou o coordenador do projeto, tenente Alex Sandro.

Esta semana já foram visitadas as escolas Irineu da Gama Paes, Santa Inês, Sesi, Cecília Pinto e Castelo Branco. As vistas dos policiais acontecem principalmente no turno da noite, horário de maior registro de ocorrências nas escolas, apesar de ter um número menor de alunos. “Quando apreendemos um menor praticando algum tipo de infração, encaminhamos para a delegacia especializada junto com o responsável. Nossa proposta é aproximar a PM da sociedade evitando crimes e trazendo segurança às pessoas”, destacou o tenente.

A iniciativa é aprovada pelos diretores que, muitas vezes, se deparam com o tráfico de entorpecentes dentro da instituição, mas ficam com medo de denunciar. “A polícia tem nos ajudado muito na repreensão ao consumo de bebidas e drogas nas escolas. É um trabalho sutil e delicado, mas a comunidade escolar tem reagido bem. O comportamento dos alunos tem mudando através desse trabalho”, comentou a diretora da escola Santa Inês, Adriana Nascimento.

Seles Nafes
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