Drogas e outros produtos: Agentes do Cesein interceptam “barcas” sendo lançadas do Mucajá

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Agentes que trabalham no Centro Socioeducativo de Internação Masculina (Cesein) além de fazer a segurança interna, precisam ficar alertas ao que acontece ao lado, no Conjunto Habitacional Mucajá. Na noite de sexta-feira, 19, plantonistas conseguiram interceptar alguns produtos que estavam sendo lançados do conjunto para dentro da área do centro.

De acordo com servidores, que não quiseram se identificar, informaram que foram jogados para dentro da área do Cesein dois frascos de meio litro de cachaça cada um, uma caixa de leite condensado, um pacote de trevo (tabaco), uma porção de maconha e até um canivete. Os servidores informaram que os objetos foram arremessados por volta das 20 horas, quando estava sendo servido o lanche para os adolescentes. “Mas como sempre ficam dois servidores na área, foi possível interceptar o material”, contou um servidor.

A maconha é misturada com tabaco para que a maior parte possível dos menores possam fumar

A maconha é misturada com tabaco para que a maior parte possível dos menores possam fumar

O material estava embalado em sacolas plásticas que os internos chamam de “barcas”. Geralmente são lançadas por ex-internos ou foragidos do centro e são encomendadas por adolescentes que estão cumprindo medida sócioeducativa. O causa mais preocupação entre os servidores do Cesein, é que as encomendas são feitas através de celulares que os menores mantêm escondidos dentro dos alojamentos.

Outro agravante nessa história, segundo os agentes do Cesein, é que alguns moradores do conjunto dão cobertura para esse tipo de ação. Em alguns casos, os próprios moradores jogam os produtos por cima do muro porque têm algum parente internado no centro.

O Cesein tem capacidade para 41 internos, mas hoje existem 93 adolescentes se espremendo nos alojamentos, ou seja, o local está com o dobro de sua capacidade. Para se ter uma idéia, alojamentos onde deveriam estar 2 ou 3 internos, estão hoje com 6 ou 7 adolescentes. Por conta do número grande de internos, a alimentação está reduzida, segundo contou um agente. Além de ser pouca, a comida é de péssima qualidade por conta da falta de ingredientes.

Como se não bastasse isso tudo, hoje a unidade conta apenas com um bebedouro para atender os três blocos do centro. Outro problema, é que esse bebedouro não passa por manutenção há muito tempo. Assim, a água é péssima qualidade e quente.

Seles Nafes
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