Trigo, ração, cimento: Grupo estrangeiro aposta no AP para exportar, sem esquecer mercado local

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André Silva –

Depois de um longo período sem novos investimentos, o Amapá, por conta da sua posição geográfica estratégica, começa a atrair grandes empresas importadoras e exportadoras. Exemplo disso é um grupo francês, especializado em moagem de trigo e frete marítimo, que abriu uma filial na área portuária de Santana. O grupo atua há mais de 20 anos em países do Caribe, como Haiti e Guiana Francesa.

Por enquanto, a empresa trabalha com importação de trigo beneficiado para abastecer o mercado local. Mas, o projeto para 2016 é trazer o trigo in natura da Europa, abastecer os moinhos do Caribe e finalizar a rota em Santana, aonde será moído e comercializado no Amapá. Com isso, o preço do produto tende a cair.

Essa rota já existia, mas não havia escala no Amapá, onde a empresa enxergou a oportunidade de expandir seus negócios no Norte do Brasil, e decidiu fazer um investimento no Estado depois de meses de estudo de mercado.

Jango Yersin: moinho começa a funcionar em 2016. Fotos: André Silva

Jango Yersin: moinho começa a funcionar em 2016. Fotos: André Silva

Uma das empresas do grupo, que trabalha com frete marítimo, faz transporte de produtos como cimento, soja, trigo, madeira e fertilizantes.

“Nesse caso, a ideia é trazer para o Amapá produtos que sejam utilizados na agricultura, como calcário e fertilizantes, e se o mercado permitir, cimento também. Além do moinho, queremos no futuro abrir uma fábrica de ração animal que vai garantir a produção de frangos, por exemplo”, explicou Jango Yersin, diretor do grupo no Estado.

Todo trigo que for moído em Santana terá como foco mercado local. A meta é moer 1,2 mil toneladas por mês. Atualmente, a empresa funciona em um terreno alugado, mas já adquiriu outro para expandir suas operações. Até agora, a empresa já investiu mais de R$ 1 milhão no projeto.

Escritório da empresa já está funcionando em Santana

Escritório da empresa já está funcionando em Santana

O grupo também pretende desenvolver atividade na própria fábrica com profissionais de panificação. Jango contou que a empresa pretende fazer no Amapá o que vem fazendo em outros países onde possui moinhos. Segundo ele, sempre aos fins de semana acontecem oficinas de panificação com moradores da comunidade e profissionais do ramo.

“Vamos trazer padeiros especializados da França para ministrar cursos para os profissionais aqui do Estado. Isso tudo agrega valor e gera empregos”, concluiu o diretor.

Hoje, a empresa importa trigo beneficiado para o mercado local

Hoje, a empresa importa trigo beneficiado para o mercado local

Seles Nafes
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