Demora: Pacientes do HE bloqueiam rua e cobram cirurgias

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ANDRÉ SILVA –

Pacientes internados no Hospital de Emergências (HE) que aguardam por cirurgias, alguns há mais de 30 dias, fecharam a Rua Hamilton Silva no meio da manhã desta segunda-feira, 9. Eles cobram agilidade nas cirurgias e mais medicamentos.  A Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) diz que a empresa que fornece materiais para as cirurgias havia interrompido o abastecimento por falta de pagamento referente ao ano passado.

Rua ficou bloqueada até quase o fim da manhã. Fotos: André Silva

Rua ficou bloqueada até quase o fim da manhã. Fotos: André Silva

Cerca de 30 pacientes que aguardam por cirurgias ortopédicas também aguardam transferência para o Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal) e dizem que vêm enfrentado muitas dificuldades dentro do HE.

A falta de leito tem obrigado alguns a se alojar nos corredores. Segundo informações dos próprios pacientes, eles mesmos já procuraram a administração do hospital, mas nada foi resolvido.

Alexandre acompanha a mãe: "não tem nada"

Alexandre acompanha a mãe: “não tem nada”

“Eu já estou aqui há mais de trinta dias acompanhando a minha mãe esperando ser transferida e nada é resolvido. Não tem maca, não tem leito, não tem medicamento, não tem nada. Eu estou esperando a transferência para o Hospital Geral (Hcal) por que só lá que faz cirurgia no joelho. Procuramos o diretor do hospital e ele diz que é o diretor do Hcal que tem que assinar. A gente chega com o médico e ele diz que não pode assinar a transferência por que não tem leito lá”, desabafou Alexandre Rodrigues, de 21 anos.

Secretário adjunto de Saúde, Carlos Galan: pagamentos normalizados

Secretário adjunto de Saúde, Carlos Galan: pagamentos normalizados

Segundo o secretário ajunto de saúde, Marcos Galan, esse é um problema que vêm se arrastando ha décadas. A demanda de pacientes vítimas de traumas no estado é muito grande. De acordo com ele, nos últimos 20 dias houve uma interrupção no fornecimento de material de órtese (pinos e placas) e prótese para as cirurgias. Consequentemente,  houve a paralisação nas cirurgias mais complexas, que são realizadas no Hcal. O secretário disse desconhecer casos de pacientes que aguardam há mais de 30 dias.

“O pagamento que a empresa cobrava era de dois meses atrás. Mas, além desses, ela cobrava o que não recebeu no ano passado. Nós já resolvemos o problema e desde a última quinta-feira as cirurgias voltaram ao normal”, explicou o secretário.

Até às 11h os pacientes continuavam a Rua Hamilton Silva, mas depois o trânsito foi liberado.

Seles Nafes
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