Justiça liberta mulher presa por atraso na pensão alimentícia

Elizabeth Cruz estava presa havia uma semana. Advogados de uma associação bancaram a dívida e ela foi solta
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DA REDAÇÃO

O mutirão carcerário que começou no Dia Internacional da Mulher revelou uma situação cada vez mais comum entre mulheres: a prisão por atraso no pagamento da pensão alimentícia. Foi o caso da dona de casa Elizabeth Cruz, de 37 anos. Ela foi solta nesta terça-feira, 8, depois de passar uma semana na penitenciária por não pagar pensão.

Elizabeth devia R$ 4 mil de pensão para a filha de 10 anos que mora com o pai.

“Minha família está tentando conseguir o dinheiro para que eu possa sair daqui”, disse ela aos defensores públicos e representantes da Associação de Advogados Criminalistas do Amapá.

Presidente da Associação de Advogados Criminalistas, Cícero Bordalo, atende uma interna. Foto: Ascom

Presidente da Associação de Advogados Criminalistas, Cícero Bordalo, atende uma interna. Foto: Ascom

A Defensoria Pública conseguiu um alvará de soltura para Elizabeth depois que defensores e advogados criminalistas decidiram bancar a dívida dela. 

O caso de Elizabeth foi um entre dezenas que foram avaliados durante o mutirão. A iniciativa foi da Associação de Advogados Criminalistas do Amapá que enviou um requerimento ao Tribunal de Justiça solicitando permissão para que a mobilização fosse realizada. 

Atendimento da Defensoria Pública e da Associação termina nesta quarta, 9

Atendimento da Defensoria Pública e da Associação termina nesta quarta, 9

O trabalho termina nesta quarta-feira, 9, e serão atendidas mulheres condenadas ou que ainda não foram julgadas. A ideia é colocar em liberdade as internas enquadradas em crimes de menor potencial ofensivo.

“A ação da Defensoria Pública nesta data que marca o Dia Internacional da Mulher é mostrar às internas que elas sempre têm uma chance de mudar de vida com a ressocialização”, explicou o defensor-gera do Estado, Horácio Magalhães.

“O encarceramento só deveria acontecer em casos extremos, as mulheres não nasceram para viver atrás das grades. Elas precisam ter mais uma chance de ter uma profissão e seguir suas vidas”, ponderou o presidente da Associação de Advogados Crininalistas, Cícero Bordalo Júnior.

 

Seles Nafes
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