CTMac investigava quadrilha há 1 ano

Sindicâncias encontraram irregularidades em pelo menos 3 mil multas
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 SELES NAFES

A presidente da Companhia de Trânsito e Transportes de Macapá (CTMac), Cristina Badinni, disse na manhã desta terça-feira, 5, que funcionários já vinham sendo investigados pela companhia em processos administrativos disciplinares desde março do ano passado por fraudes. As sindicâncias teriam encontrado problemas em pelo menos 3 mil multas.

De acordo com ela, quando a companhia percebeu ao longo da apuração que o esquema era grande, decidiu repassar os casos ao Ministério Público do Estado, seguindo também uma orientação do prefeito de Macapá, Clécio Luis (REDE).

Uma das fraudes aplicadas seria a adulteração de multas. A quadrilha conseguia transformar infrações mais graves em infrações menores, o que naturalmente gerava uma multa mais leve para o proprietário do veículo pagar.

Cristina Badinni: medidas tomadas para evitar novas fraudes

Cristina Badinni: medidas tomadas para evitar novas fraudes

“Multas de transporte clandestino, por exemplo, que têm um valor superior a R$ 1 mil, eram transformadas em multas de estacionamento rotativo, cujo valor é de apenas R$ 45”, explica a presidente que foi até a sede da Promotoria de Investigações Criminais (PIC) no início da manhã para acompanhar os desdobramentos da operação que cumpriu 11 mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão.

Até às 8h ainda faltavam cumprir dois mandados de prisão. Estão presos agentes de trânsito, funcionários de empresas de reboque e servidores com cargos de chefia dentro da CTMac.

Não houve cumprimento de mandados de busca e apreensão no prédio da CTMac, apenas em residências dos investigados.

A CTMac ainda não sabe calcular o tamanho do prejuízo para os cofres da companhia, já que as fraudes também incluíam a liberação de veículos antes mesmo da entrada no pátio. 

“Administrativamente temos as nossas limitações, mas nós detectamos esses problemas e várias medidas foram tomadas depois disso para impedir que novas fraudes ocorressem”, garantiu Cristina Badinni.

A Polícia Civil e os promotores de Justiça que conduzem as investigações ainda não se pronunciaram a respeito do caso.

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