Invasores protestam contra decisão da Justiça

Invasores dizem que foram surpreendidos pela liminar de reintegração de posse
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SELES NAFES

Moradores de uma área de invasão no Parque dos Buritis, Zona Norte de Macapá, fizeram um protesto nesta terça-feira, 5, na Câmara de Vereadores de Macapá (CMM). Eles querem apoio dos vereadores e da prefeitura para permanecer no local. A Justiça deferiu um pedido de reintegração de posse a favor do empresário que se diz dono das terras.

O lugar começou a ser invadido em 2012. O empresário entrou na Justiça e os invasores também.

Paulo Ronaldo da Silva Balieiro, presidente da Associação de Moradores: não pode ser chácara. Fotos: Seles Nafes

Paulo Ronaldo da Silva Balieiro, presidente da Associação de Moradores: não pode ser chácara. Fotos: Seles Nafes

Borracheiro Matheus Nascimento: suposto dono não tem documento

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Tânia dos Anjos: temos pressa

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“Em 2012 ele fez um pedido à Secretaria de Urbanização para que as terras fossem regularizadas. Mas tivemos várias audiências na Justiça e ficou comprovado que essas terras, nesse tamanho, não podem ser legalizadas como chácara”, argumenta o Paulo Ronaldo da Silva Balieiro, presidente da Associação de Moradores.

Ao todo são 104 famílias que foram surpreendidas esta semana. O advogado contratado pelos moradores recebeu a notificação de que a Justiça decidiu conceder liminarmente a reintegração de posse da área.

Ao todo 104 famílias moram na invasão

Ao todo 104 famílias moram na invasão

“Nunca foi comprovado que o empresário que se diz dono tem o documento da terra. Não entendo como a juíza deu ganho de causa pra ele”, queixa-se o borracheiro Matheus Nascimento, morador há 1 ano e meio da invasão.

“A gente tem pressa porque já foi para a Polícia Militar a decisão para tirar o povo de dentro da ocupação para que a gente aguarde o trâmite final fora de lá. Essa área foi destinada à expansão urbana, não para chácara”, acrescenta Tânia Maria dos Anjos, moradora desde 2014.

A sessão na Câmara de Vereadores terminou mais cedo e os moradores não conseguiram fazer a manifestação do jeito que haviam planejado. Eles se organizam para fazer um ato em frente ao prédio da prefeitura.

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