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JOSÉ MARQUES JARDIM

Olá gente!

A partir desta semana teremos esse encontro para falar um pouquinho do bom e velho rock and roll e outros lances que envolvem o cenário cult daquela época. Esta coluna também trará algumas viagens no tempo. Percebo que ficamos órfãos do que passou, já que os tempos de hoje ainda não nos disseram nada.

Pois bem, vamos começar retornando aos anos 80. Entrem aí e apertem o cinto que vamos começar a subir, subir, subir…. Os passaportes têm que estar carimbados, avaliados e rotulados. Vamos embarcar nesse trem pras estrelas imaginando que não há paraíso nem inferno. Pegar carona na cauda do cometa, ver a via láctea, estrada tão bonita. Depois da próxima curva chegaremos. Preparem-se, vamos pousar…

Aqui o mundo é diferente. Retrocedemos àquilo que, na minha opinião, trata-se dos anos 6O de quem hoje é quarentão como eu. A época da fita K-7, do vinil, da bicicleta Monareta, do Guaraná Mirinda, das noites de domingo em boates como Baby Doll, Trem, Círculo Militar, etc. 

É, a coisa era mais ou menos assim naqueles tempos. Cidade tranquila, sem engarrafamentos. Leopoldo Machado era mão dupla. Era exatamente nessa época que havia muito, muito rock and roll!!!

Vamos descer da máquina. Não se assustem pois o cenário é diferente mesmo. Algumas ruas nem sequer haviam sido asfaltadas. Os carros são poucos, mas as garagens estão lotadas de garotos tocando de uma forma visceral. Você vai perceber que era difícil, mas fazíamos mesmo assim.

Roqueiro é bicho teimoso e íamos nós de ‘busão’, ‘camelo’ – gíria para bicicleta na época –  e até andando para os ensaios. No caso dos bateristas como eu, a situação era ainda mais complicada. Por isso, geralmente os ensaios eram na casa dos bateras.

Mais precisamente em 1989, para onde trouxe vocês, o movimento “rock de garagem” estava fervendo. As rádios tinham programações de verão e naquela época ainda gostavam de rock. Principalmente os domingos nos balneários era o espaço das bandas nos palcos das FM´s.

O brega já existia, claro, mas ainda não era lei na frequência modulada e podia-se ver e ouvir bandas como Misantropia e Prisioneiros do Lar – antagônicas, mas competentes em seus estilos -, Anonimato, Ácido Corrosivo e outras, tudo ao vivo. As praças também eram o recanto dos roqueiros e já que estamos aqui, vamos até lá…

Dá para sentir a pulação daqui. De um lado os punks, do outro os “Poperôs”, mas isso é uma outra história…

 Esta semana vamos visitar o The Sisters of Mercy…  

Banda britânica de rock gótico formada em Leeds,198O por Andrew Eldritch (vocais) e Gary Marx (guitarra). Juntaram-se Bem Gun (guitarra, substituído por Wayne Hussey, em 1983) e Craig Adams (contra baixo).

Os caras lançaram somente três discos, mas a banda foi uma das mais influentes dos anos 8O. Os elementos reúnem psicodelia, dance e punk. As letras tratam de temas comuns ao rock gótico conquistando público na Inglaterra e Estados Unidos. Mas o começo foi tocando em bares e clubes de Leeds atraindo uma legião de admiradores.

Na semana que vem a gente fala de outra banda. Até mais!

Seles Nafes
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