“Temos que saber usar o pouco que tem”, diz candidata do DEM em Santana

Pedagoga e comerciante de 41 anos admite que a prefeitura não tem dinheiro para resolver tudo, mas acha que dá para fazer muito com pouco
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SELES NAFES

Uma pedagoga e comerciante de 41 anos pretende ser a grande surpresa da corrida pela prefeitura de Santana nas eleições de 2 de outubro. Zilma Santos é filiada ao DEM, e por apenas 200 votos não se tornou deputada federal em 2014.

Ela já conta com o apoio de pelo menos 6 partidos, e conversa com representantes de outras legendas. Casada há 18 anos e mãe de 3 filhos, Zilma quer usar sua facilidade natural para conversar  com as pessoas para conseguir votos, e atrair novos investimentos para Santana.

Atividade como professora e comerciante deu facilidade para conversar com as pessoas e conhecimento profundo sobre cidade. Foto: Ascom

Atividade como professora e comerciante deu facilidade para conversar com as pessoas e conhecimento profundo sobre cidade. Foto: Ascom

Todos esses problemas da cidade precisam de dinheiro para ser atacados. Como a senhora pretende resolver tudo no meio dessa crise?

Temos que saber utilizar o pouco que tem, temos que ter planejamento para investir no que realmente é necessário. Temos que trazer pra perto de nós os comerciantes, as empresas, para que possam receber incentivos. O comércio está parado, e as empresas precisam ter facilidades para negociar seus débitos com o município.

Zilma é professora do Estado há mais de 21 anos. Fotos: Seles Nafes

Zilma é professora do Estado há mais de 21 anos. Fotos: Seles Nafes

Que setores devem ser estimulados?

Todos os segmentos. Mas precisamos abrir as portas para as empresas terem oportunidades de negociar e sair da estagnação. E temos como atrair novos investimentos, principalmente com os incentivos da Zona Franca Verde. Hoje, Santana não está preparada para receber novas empresas. Temos que cuidar de Santana.

Como está a campanha? Quais apoios a senhora já tem?

Além do DEM, a aliança já conta com o PSDB, PSC, PT do B, PV, e o PPL, e estamos conversando com o Solidariedade e outros partidos.

Qual será o papel do senador Davi na sua campanha?

É o nosso líder e principal articulador. Pra governar Santana será necessário ter parcerias no Congresso, e ele me influenciou muito para que eu tomasse essa decisão de disputar a prefeitura da cidade.

Zilma com o senador Davi Alcolumbre, presidente do DEM: "me influenciou"

Zilma com o senador Davi Alcolumbre, presidente do DEM: “me influenciou”

O que a senhora acha que falta na atual gestão?

Santana está abandonada….

Mas isso não é de agora…

É verdade. O Bairro do Paraíso, por exemplo, nunca foi asfaltado, e o bairro é antigo. Essas mazelas não são apenas dessa gestão. A nossa infraestrutura é precária. Nem abrigos de ônibus nós temos. A maioria das escolas não tem espaço físico adequado pros alunos, nem pros professores.

Mas a senhora não acha que a prefeitura foi prejudicada pela redução da arrecadação, especialmente do setor mineral?

Mas tem recursos vindos, e podemos ter mais recursos com parcerias. O que falta é administração. É claro que o que uma cidade arrecada nunca é o suficiente para cuidar de todos os problemas, mas é preciso saber investir o dinheiro que existe. Cadê o recurso do IPVA? Não existe nem manutenção das nossas ruas. O que não pode é parar a gestão, como ocorre hoje.

Sobre estado das ruas: "Cadê o IPVA?"

Sobre estado das ruas: “Cadê o IPVA?”

Qual será a marca da sua campanha?

Eu não vou tentar mudar. Serei eu mesma, aquela pessoa que com 9 anos de idade que tomou a primeira grande decisão importante da vida que foi trabalhar, vender chopp e coxinha na porta da Escola Amazonas. Éramos sete irmãos. Quando minha mãe morreu meu pai casou de novo e teve mais 4 filhos. Passamos a ser 11 irmãos precisando de roupas, alimento, material escolar.

Eu queria ter um caderno de matérias, mas não podia. Então eu vendia bolo, macarronada, depois virei comerciante, estudei e me tornei professora. Porque eu tive mais de 10 mil votos para deputada federal? Porque eu conheço as pessoas, conheço cada rua de Santana. Eu batia de porta em porta, sem falar que sou professora do Estado há mais de 21 anos.

Seles Nafes
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