Os voluntários do Amapá nas Olimpíadas

Jornalistas, professores e pedagogos foram selecionados para trabalho voluntário nos jogos olímpicos do Rio
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ANDRÉ SILVA

“É a realização de um sonho”, disse um dos amapaenses que será voluntário no evento das Olimpíadas do Rio Janeiro, que acontece no próximo mês na capital carioca. São jornalistas, professores e pedagogos que têm entre 25 e 62 anos, e estão muito ansiosos com a proximidade da cerimônia de abertura dos jogos.

A expectativa desses voluntários está na troca de experiências que eles terão a partir do relacionamento com outros voluntários vindos de várias partes do país e do mundo. Ao todo serão 54 mil pessoas trabalhando no período nas Olimpíadas.  

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Raimundo Borges, Wendy Ramos, Ewerton França e Alexandre Evangelista serão voluntários dos jogos no RJ. Fotos: André Silva

Todos passaram pelo mesmo processo de seleção. Eles tiveram conhecimento das vagas por meio da televisão e internet. As entrevistas e os treinamentos foram on-line, apenas um dos voluntários fez parte da etapa presencial.

Foi o professor paraense aposentado, Raimundo Borges, ele resolveu usar o tempo livre da aposentadoria para participar de cursos de capacitação dados pelo Comitê Olímpico.

Raimundo Borges durante curso de formação de voluntários, no RJ. Foto: Arquivo Pessoal

Raimundo Borges durante curso de formação de voluntários, no RJ. Foto: Arquivo Pessoal

“Para mim foi como um prêmio poder encerrar minha carreira participando de uma Olimpíada. Dos quarenta anos como professor de educação física eu realizei vários jogos internos e, de repente, agora tive a oportunidade de participar de um evento dessa natureza. É de um ganho tremendo”, comenta entusiasmado o professor.

Grupo participou de cursos durante dois anos

Grupo participou de cursos durante dois anos

Os voluntários levaram cerca de dois anos para se preparar. Eles tiveram cursos de vivência, atendimento ao público e de idiomas.

“A questão vai muito além da situação monetária, o retorno que nós temos de experiência e até mesmo a vivência. Sair um pouco daqui do local para o mundial é outra coisa”, reforça o jornalista Ewerton França, de 29 anos.

Alexandre Evangelista, de 39 anos, foi um dos últimos do grupo a receber a carta de confirmação do Comitê Olímpico. O evento vai ser tema de um artigo que ele pretende escrever após participação nos jogos.

Alexandre Evangelista, professor voluntário nos jogos. Foto: Arquivo Pessoal

Alexandre Evangelista, professor e voluntário nos jogos. Foto: Arquivo Pessoal

“Além de ser professor de educação física eu também sou jornalista, e já queria fazer um artigo em relação aos jogos olímpicos, a oportunidade veio a calhar. Fazer parte de um dos maiores eventos do mundo vai ser bem legal”, ressaltou Evangelista.

Além de certificado de voluntariado dos jogos, vão receber auxílio transporte, alimentação e um local para descansar nos intervalos das refeições.

“A gente recebe mais do que bem material. Pelo menos pra mim, que sempre quis fazer algo de forma voluntária. Quando fiz minha inscrição eu não tinha tanto interesse em trabalhar, fiz por fazer. Mas aí foi passando o tempo e a vontade de participar foi aparecendo”, comenta empolgada Wendy Ramos, de 25 anos. Ela é estudante de jornalismo e quer se especializar em jornalismo esportivo.

Seles Nafes
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