Do Amapá, apenas uma deputada votou para salvar Cunha

Metade da bancada amapaense votou favorável a revogação do mandato do ex-presidente da câmara
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CÁSSIA LIMA

Na madrugada desta terça-feira, 13, a Câmara dos Deputados cassou por 450 votos a favor e 10 contra, o mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB). O resultado da votação surpreendeu a todos, inclusive aos aliados. Veja como votaram os deputados amapaenses na sessão histórica.

Painel da câmara indicando o resultado da votação

Painel da câmara indicando o resultado da votação. Fotos: Ascom Câmara

Dos 8 deputados da bancada federal do Amapá quatro votaram a favor da cassação, inclusive o do mesmo partido de Cunha o deputado Cabuçu Borges (PMDB). Além dele votaram a favor: André Abdon (PP), Janete Capiberibe (PSB) e Professora Marcivânia Flexa (PCdoB).

Deputada Jozi Rocha foi a única parlamentar amapaense a votar contra a cassação de Cunha. Foto: Ascom Câmara

Deputada Jozi Araújo foi a única parlamentar amapaense a votar contra a cassação de Cunha. Foto: Ascom Câmara

A deputada Jozi Araújo (PTN) foi a única parlamentar do Amapá que votou contra o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados. Ela foi um dos 10 votos computados contra a cassação de Cunha.

Já os outros três parlamentares: Vinícius Gurgel (PR), Marcos Reátegui (PSC) e o deputado Roberto Góes (PDT) não estavam presentes na sessão.

Cabuçu Borges. Mesmo sendo do mesmo partido do ex-presidente da casa, decidiu pela cassação

Cabuçu Borges. Mesmo sendo do mesmo partido do ex-presidente da casa, o PMDB, decidiu pela cassação

Eduardo Cunha, além da perda de cargo, vira ficha-suja e fica inelegível até fevereiro de 2027. Cunha e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não votaram na sessão.

Cassação

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Com a cassação, Cunha perde o foro privilegiado e deve ser julgado pelo juiz Sérgio Moro

Com a cassação do deputado e ex-presidente da Câmara, cinco dos sete inquéritos que Eduardo Cunha é alvo no Supremo Tribunal Federal (STF), serão encaminhados para o juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara da Justiça Federal em Curitiba. Os processos de primeira instância têm relação com a Operação Lava Jato. 

Cunha é réu de investigações sobre o esquema de corrupção da Petrobrás. Onde é acusado de receber US$ 5 milhões em propina relacionada a contratos de navios-sonda para a Petrobrás. E também responde a uma ação penal por manter contas secretas na Suíça, entre outras denúncias.

Seles Nafes
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