“Muita gente, e pouco dinheiro”, lamenta ambulante no Sambódromo

Apesar do grande público, ambulantes reclamaram as vendas
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CÁSSIA LIMA

Apesar de a população lotar as arquibancadas do Sambódromo nesta quarta-feira, 7, Dia da Independência do Brasil, e o calor estar ideal para o consumo de bebidas e lanches, os vendedores reclamaram da queda nas vendas.

Segundo estimativa do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá, 8 mil pessoas compareceram ao desfile. Mas isso não significa que elas consumiram no local.

“O movimento está muito devagar se comparado aos outros anos. Muita gente, mas pouco dinheiro. Eu sempre venho no 7 de Setembro, mas, devido à crise, tá difícil. A gente busca brincar com a criança pra ver se os pais compram, né”, contou o vendedor de balões, Márcio do Amaral, de 45 anos, na foto de capa.

Vendedores vão até o público levar água como estratégia de vendas. Fotos: Cássia Lima

Vendedores vão até o público levar água como estratégia de vendas. Fotos: Cássia Lima

Patricia da Silva escolheu o produto certo para vender: água

Patricia da Silva escolheu o produto certo para vender: água

O sol estava tinindo, e a ambulante Maria de Fátima, de 56 anos, pensou que fosse seu dia de faturar muito na venda do ‘sorve-chopp’.

“Apesar do calor vendemos pouco, mas o bom é que o cliente que compra sempre volta. Nós tentamos cativar no atendimento mesmo. Não foi como o esperado, mas deu pra garantir o da volta pra casa”, disse.

Oito mil pessoas, mas pouco consumo

Oito mil pessoas, mas pouco consumo

Se para quem vendia líquidos estava difícil, imagina para os ambulantes que vendiam lanches. Foi o caso de Edmilson Barros, de 34 anos, vendedor de coxinhas. Ele disse que voltaria com a maioria do alimento para casa.

“Tá parado demais. A gente dá um desconto pra ver se o cliente volta, mas hoje tá difícil. Muitas pessoas já trazem água e comida de casa para economizar. A gente vai se virando com a simpatia mesmo”, garante ele.

Maria de Fatima

Maria de Fátima vendendo ‘sorve-chopp’: poucos clientes, mas ele sempre voltam

Antônio Brasil, de 49 anos, é vendedor de batata frita e trabalha há 15 anos no 7 de Setembro. Ele conta que em anos anteriores chegou a vender todo estoque e foi buscar mais em casa. 

“Está difícil. A gente baixa o preço em R$ 0,50 e pede pra Deus ajudar, mas o povo não tá comprando. Mal consegui garantir o almoço em casa”, revelou o vendedor.

Em meio a tantos lamentos teve gente que comemorou o sucesso de vendas: foram os ambulantes que venderam água. A evangélica Patrícia da Silva, de 35 anos, estava com um grupo de voluntários da Igreja Assembleia de Deus. O objetivo era arrecadar água mineral para um projeto da igreja.

Edimilson Barros

Edmilson Barros: lanche foi difícil de vender

Antônio Brasil

Antônio Brasil: ano passado foi buscar mais em casa

“Nós estamos aqui para angariar fundos para o projeto da nova orquestra da igreja. Até agora as vendas estão ótimas, talvez a gente volte pra igreja com tudo vendido. Graças a Deus não temos do que reclamar.

Seles Nafes
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