“Vão esperar tudo pegar fogo”, diz aluno durante protesto

Alunos do Tiradentes lembraram que o Corpo de Bombeiros condenou a instalação elétrica da escola e pediram medidas urgentes do governo
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CÁSSIA LIMA

Alunos da Escola Estadual Tiradentes, localizada no Bairro Santa Rita, ocuparam a Avenida FAB, no Centro de Macapá, em protesto contra as condições da escola. O ato seguiu até o Palácio do Setentrião, sede do governo do Estado. Os alunos prometem fazer novas manifestações.

O ato organizado pelo grêmio estudantil reivindicava entrega do auditório da escola que está interditado há mais de 6 meses, além de merenda escolar, água de melhor qualidade nos bebedouros, salas com climatização e segurança.

Protesto foi organizado pelo grêmio estudantil

Protesto foi organizado pelo grêmio estudantil

Alunos caminharam pela FAB até o Palácio do Setentrião

Alunos caminharam pela FAB até o Palácio do Setentrião

“Nós queremos mostrar para a sociedade nossa indignação. Muitos pais não conhecem nossa realidade e o que passamos para estudar. Os alunos que estão aqui buscam seus diretos com qualidade. Não tem como estudar com essas condições absurdas”, destacou a aluna Valeria Cristina, de 13 anos.

Os estudantes caminharam pela FAB paralisando o trânsito em alguns percursos. Eles pediam mais infraestrutura para a educação, e reclamaram também do medo contínuo da escola pegar fogo. O receio ocorre desde que, em uma vistoria, o Corpo de Bombeiros ressaltou o risco de um acidente por causa da deteriorada e improvisada instalação elétrica da escola.

Alunos esticam faixa em frente ao palácio do governo

Alunos esticam faixa em frente ao palácio do governo

“A escola está em uma situação precária, nossas salas estão superlotadas com um calor insuportável e o ventilador não suporta. Ano passado ocorreram três pequenos incêndios na escola. Vão esperar tudo pegar fogo para fazerem algo”, reclamou a vice-presidente do grêmio, Bruna Zamara, de 17 anos.

A Escola Tiradentes foi construída em 1973 e nunca passou por grandes reformas, especialmente na parte elétrica. Hoje, a instituição possui quase mil alunos.

Bruna Samara: salas quentes e superlotadas

Bruna Zamara: salas quentes e superlotadas

“Há três anos a gente reclama da precariedade da infraestrutura até que os alunos não suportaram mais os transtornos e resolveram se organizar. Hoje foi só um aviso público, mas eles buscam fazer outros atos até o poder público nos olhar com mais atenção”, explicou o professor de Sociologia, Emerson Picanço.

Professor Emerson Picanço com os alunos: só um aviso

Professor Emerson Picanço com os alunos: só um aviso

Sobre as reivindicações da Escola Tiradentes, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) emitiu nota informando apenas que a rede elétrica da unidade não comporta as centrais de ar-condicionado instaladas no local, e que a escola está dentro de um cronograma de visita técnica.

Além disso, a Seed e Seinf estão buscando mecanismos para finalizar o laboratório da escola. A nota destaca ainda que a merenda escolar está em dia, e que ontem, 8, foi executado o pagamento do caixa escolar referente ao mês de setembro.

Seles Nafes
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