Pais querem fim do cumprimento de penas em escolas

Um abaixo-assinado foi elaborado para ser entregue ao Ministério público. Direção diz que no momento não há apenados dentro da escola
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ANDRÉ SILVA

Pais, alunos, professores e representantes do  Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas  (Vepma) do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) se reuniram na tarde desta quinta-feira, 20, na quadra da escola Gonçalves Dias, em uma assembleia geral para esclarecimento dos últimos fatos e em busca de soluções, depois que uma menina de 9 anos foi estuprada dentro do banheiro da escola.

Entre os suspeitos de cometimento o crime, estão 5 homens que cumprem pena de prestação de serviço gratuito à comunidade dentro da instituição. Os pais lançaram um abaixo-assinado pedindo a saída de todos os apenados.

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Edina Palmerim, diretora da escola. Ainda não foi comprovado que crime aconteceu dentro da escola. Fotos: André Silva

A assembleia geral foi convocada pela direção da escola com a intenção de informar as medidas de segurança que estão sendo tomadas.

“Continuamos trabalhando com o que temos. Nossos funcionários são os responsáveis pela segurança, eles ficam no portão, cuidando do fluxo de entrada e saída dos alunos. Queremos também dizer para eles que as investigações estão em andamento e ainda não foi provado se foi realmente aqui dentro da escola que o fato ocorreu” explicou a diretora, Edina Palmerim.

Pais lançaram abaixo-assinado pelo fim das penas, mesmo as de crimes mais brandos, dentro de escolas

Pais lançaram abaixo-assinado pelo fim das penas, mesmo as de crimes mais brandos, dentro de escolas

De acordo com a gestora, atualmente não existem apenados prestando serviço na escola. O crime ocorreu em junho deste ano.

“Nós pais organizamos esse abaixo-assinado para que ele seja entregue ao Ministério Público pedindo que essas pessoas saiam das escolas. Esse foi um fato que poderia acontecer com qualquer criança, independente da nota emitida pelo Tjap, ele é um apenado. Estou falando como mãe” desabafou Maitê Mastop .

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Maitê Mastop, mãe de aluna. Poderia acontecer com qualquer criança

Segundo a representante do Vepma, a pedagoga Antonice Melo, as pessoas que cumprem pena por crimes leves, como briga no trânsito, não representam risco para as pessoas.

“Nossa clientela é oriunda de crimes de baixo potencial ofensivo, crimes leves que não afetam a integridade física ou moral da pessoa de uma forma grave, como lesão corporal, som alto, trânsito, que inclusive é o nosso carro chefe, e violência doméstica. Se a pessoa que praticou esse crime tiver residência fixa, ela pode ser beneficiada com a pena alternativa”, explicou a pedagoga.

Antonice Melo, pedagoga do Vepma.

Antonice Melo, pedagoga do Vepma. Apenados têm baixo potencial ofensivo

 

Seles Nafes
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