Sífilis no Amapá é alarmante, segundo CVS

Maioria das ocorrências na capital são em crianças, infectadas pela mãe durante a gravidez
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CÁSSIA LIMA

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS) já registrou este ano 161 casos de sífilis no Amapá. O órgão considera os dados alarmantes, apesar da queda em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com informações do Centro de Referência em Doenças Tropicais (CRDT), de janeiro até agosto de 2015, foram infectadas 224 pessoas. Em 2014, também no primeiro semestre, foram 158. O levantamento foi publicado no site SELESNAFES.COM em matéria que você pode conferir aqui.

A sífilis é uma doença transmitida pela relação sexual e apresenta três tipos distintos, além de estágios diferentes.

No estado, foram registrados 33 casos de sífilis congênita, que é quando o bebê adquire a doença da mãe durante o parto; 77 casos de sífilis em gestantes e 51 de sífilis adquirida, que são registros de homens que pegaram a doença de sua parceira.

Técnico da CSV, Florinaldo Pantoja. Dados considerados alarmantes. Foto: Cássia Lima

Técnico da CSV, Florinaldo Pantoja. Dados considerados alarmantes. Foto: Cássia Lima

“É um número alto comparado ao que a Organização Mundial da Saúde (OMS) determina. Esses dados só confirmam que a população está deixando de se prevenir usando preservativos. E isso sim é muito preocupante porque o não uso da camisinha é a porta para outras doenças sexualmente transmissíveis”, frisou o responsável técnico da CSV, Florinaldo Pantoja.

Macapá tem a maior quantidade de casos

O município que mais apresenta novos portadores da doença é Macapá. A maioria dos casos são crianças que, infelizmente, foram infectadas pela mãe durante a gravidez porque as genitoras não fizeram ou não receberam tratamento devido.

Manchas e erupções são sintomas da doença. Fotos: divulgação Ministério da Saude

Manchas e erupções são sintomas da doença. Fotos: divulgação Ministério da Saúde

Tratamento

“Como é um tratamento eficiente, a base de penicilina, os sintomas somem muito rápido. Alguns pacientes quando começam a sentir melhoras não continuam a medicação. Existem aqueles que nem sabem da doença, explicou o técnico.

Além das mãos, lábios e reto são regiões em que a doença se manifesta

Além das mãos, lábios, genitálias e reto são regiões em que a sífilis se manifesta

Independente do tipo, a doença nos primeiros estágios apresenta feridas indolores nas genitálias, no reto ou na boca. Depois elas saram e aparece o segundo estágio que é caracterizado por erupções cutâneas. Os sintomas desaparecem e podem aparecer anos depois. A enfermidade no último estágio pode causar danos no cérebro, nervos, olhos ou coração.

“As pessoas precisam ser mais sensíveis a causa. A sífilis é uma DST que tem cura e prevenção. O teste rápido é feito em todas as Unidades Básicas de Saúde e o tratamento especifico é ofertado para mulheres e homens”, enfatizou Florinaldo Pantoja.

Sintomas podem desaparecer até por anos, após a segunda fase

Sintomas podem desaparecer até por anos, após a segunda fase

Dia ‘D’ de combate à sífilis

Nesta sexta-feira, 14, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), por meio da Coordenação Estadual de DST/Aids, promove o Dia ‘D’ de combate à sífilis. A campanha procura alertar e sensibilizar a população quanto a prevenção da doença.

Neste dia haverá uma ação educativa em frente ao Super Fácil do Centro de Macapá, a partir das 8h, com distribuição de materiais informativos e a realização de testes rápidos.

Seles Nafes
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