AP receberá quase R$ 150 milhões de repatriação

Projeto de lei de autoria do senador Randolfe Rodrigues permitiu a empresários o retorno de valores para o Brasil, com juros divididos entre os estados
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SELES NAFES

Em meio a pior crise econômica de sua história, o Amapá está prestes a por a mão numa bolada meio que inesperada, e que pode chegar a R$ 150 milhões. O dinheiro, proveniente de aplicações milionárias em bancos no exterior, está sendo finalmente repatriado pelo Brasil após uma longa discussão.  A lei que permitiu essa manobra é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), aprovada este ano.

O assunto foi amplamente debatido durante a CPI do HSCBC. O dinheiro foi enviado ao exterior por grandes empresários a partir dos anos 80. Eram famílias, donas de grandes conglomerados empresariais, que queriam proteger grandes somas da desvalorização gerada pela crise financeira do Brasil.

Apesar da origem ser lícita, essas aplicações em bancos dos Estados Unidos e de outros países não tiveram o recolhimento devido de impostos. Com o projeto de lei aprovado, empresas tiveram autorização para trazer os recursos de volta, e os juros e multas das aplicações resultaram numa grande soma para o Brasil.

Senador Randolfe Rodrigues: dinheiro vai salvar prefeituras neste fim de ano. Fotos: Arquivo/SELESNAFES.COM

Senador Randolfe Rodrigues: dinheiro vai salvar prefeituras neste fim de ano. Fotos: Arquivo/SELESNAFES.COM

A repatriação iniciou em maio, e foi concluída no último dia 31 de em outubro. O resultado superou as expectativas.

No total, o Brasil está recebendo de volta em multas e juros cerca de R$ 51 bilhões. Desse total, R$ 12 bilhões serão distribuídos entre os estados. O restante, R$ 38 bilhões, vai para o Tesouro Nacional.

“No total, o Amapá receberá cerca de R$ 150 milhões, neste mês de novembro. Macapá irá receber cerca de R$ 15 milhões. Santana receberá R$ 1,3 milhão, e o governo do Estado aproximadamente R$ 100 milhões. Os 16 municípios irão receber. Será a salvação para muitas prefeituras argoladas”, avalia o senador.

A divisão será feita usando a população e outros indicativos como critérios. Municípios como Mazagão, Porto Grande e Oiapoque, por exemplo, receberão mais de R$ 500 mil, cada. Cidade pequenas como Pracuúba, por exemplo, embolsarão cerca de R$ 220 mil. 

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