Audiência discute implantação de escola militar na Zona Norte

Corpo de Bombeiros dividirá gestão de colégio no Pantanal. Comunidade escolar começa a discutir mudanças
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ANDRÉ SILVA

O Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM) deu início, durante a tarde desta quarta-feira, 16, às audiências públicas que tratam sobre a implantação da escola militar que será administrada pela corporação.

Corpo técnico da escola recebeu equipe do Corpo de Bombeiros para primeiro encontro para tratar sobre as mudanças. Fotos: André Silva

Corpo técnico da escola recebeu equipe do Corpo de Bombeiros para primeiro encontro para tratar sobre as mudanças. Fotos: André Silva

A Escola Estadual Risalva Freitas do Amaral, no Bairro do Pantanal, Zona Norte de Macapá, foi a escolhida para receber o modelo de ensino.

Diferente do regime de horário da Escola Militar da Polícia Militar, a do CBM será em dois horários (manhã e tarde).

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Dentre os objetivos, está o de auxiliar a escola a alcançar os índices de educação exigidos pelo Governo Federal

Na primeira audiência, realizada na quadra da escola, esteve presente o corpo técnico da instituição de ensino. O objetivo foi mostrar para os servidores os benefícios da implantação do modelo.

O comandante geral da corporação, Wagner Coelho, explicou que a gestão da escola será compartilhada, ou seja, todo corpo de docente será mantido e o mantenedor da escola continua sendo o Estado.

“Nós vamos usar o que já existe na escola. O que nós faremos é somar. Vamos trazer a experiência que já existe em outras escolas militares espalhadas pelo Brasil”, disse o comandante.

Alunos estão divididos com as mudanças

Alunos estão divididos sobre as mudanças

Prevenção contra incêndio, defesa civil, primeiros socorros, ordem unida que ensina o jovem a marchar e cidadania são algumas das atividades a serem desenvolvidas pelo CBM.

Wagner Coelho ressalta que um dos principais objetivos é auxiliar a escola a alcançar os índices de educação exigidos pelo Governo Federal.

A diretora da escola apóia a ideia e acredita que o que faltava era ser esclarecido os papéis de cada um nesse processo. Ela acredita que isso vai melhorar e muito o ensino da escola.

Previsão é que escola esteja adaptada ao novo modelo até o início do ano letivo

Previsão é que escola esteja adaptada ao novo modelo até o início do ano letivo

“A única duvida do corpo docente era em relação a como acontecerá todo o processo. Mesmo porque tudo que é novo assusta. Eles estão meio receosos quanto ao numero de vagas, que tipo de alunos serão aceitos, essas coisas. Tivemos conhecimento dessa mudança há três meses”, destacou a diretora  da escola, Agatha Paula Favacho Dias.

Os alunos já sabem que haverá mudanças e a gestora diz que as opiniões estão bem divididas. Um grupo de alunos do 2º ano do ensino médio demonstra bem isso.

“Eu sou contra. Pelo regime que já é bastante conhecido como rigoroso. Acho que vai mudar nossa rotina”, diz o aluno Lucas Mateus 17 anos.

Lucas, aluno da escola não concorda com implantação:

Lucas, aluno da escola não concorda com ensino militar: mudança na rotina

“Eu gosto da ideia. Porque acho que vai trazer uma boa disciplina para a escola. Os alunos serão obrigados a se esforçar para passar de ano. Os que não são tão interessados, terão que acompanhar o nível dos outros e os que não conseguirem vão ter que sair da escola e vão ficar só os melhores. O pessoal diz que quem estuda em escola militar sai bem mais preparado para o Enem”, justificou a aluna Eva Jennifer de 15 anos.

A escola possui 1099 alunos nos três turnos. O CBM calcula que até o próximo ano letivo as atividades já estejam implantadas na unidade de ensino. A próxima audiência acontecerá na sexta-feira, 18, dessa vez com pais e alunos da escola.

Seles Nafes
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