Autor de 2 homicídios, homem mata adolescente após roubo; OUÇA

Acusado diz que a vítima teria lhe roubado um celular. Testemunhas dizem que o adolescente era inocente. Polícia investiga
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OLHO DE BOTO

Um adolescente de 16 anos foi morto a facadas na noite desta terça-feira, 20, na Zona Norte de Macapá, logo depois de um assalto. Ele teria roubado o celular de um homem que já é acusado de outras duas mortes no Pará. Uma testemunha, contudo, diz que a vítima foi confundida com o verdadeiro assaltante.

O crime ocorreu por volta das 21h, na Rua Bacabeira, esquina com a Avenida Manga Rosa, no Bairro Brasil Novo. Laerte Jhones Macedo Farias, de 27 anos, é natural de Itaituba, e estava morando há um mês em Macapá com a mãe dele.

Policial militar observa local do crime, no Bairro Brasil Novo. Fotos: Olho de Boto

Policial militar observa local do crime, no Bairro Brasil Novo. Fotos: Olho de Boto

Crime ocorreu no Bairro Brasil Novo, por volta das 21h

Crime ocorreu no Bairro Brasil Novo, por volta das 21h

Há várias versões para o que houve. Uma testemunha disse que Eric Keison Nunes dos Santos, de 16 anos, teria sido confundido pelo assassino com um assaltante.                         

 “O rapaz (Eric Santos) estava passando com a namorada dele, e ele (Laerte Farias) o teria  confundindo com outro que tinha assaltado ele. De repente ele puxou duas facas, e o rapaz tentou correr. Ele segurou o rapaz, perguntou se era amapaense e deu uma facada na altura do pescoço dele sem motivo algum”, disse a testemunha.

Depois disso, Laerte Farias tentou fugir, mas foi alcançado por populares que o espancaram até a chegada de uma viatura do 2º Batalhão da Polícia Militar.

Facas que teriam sido usadas pelo criminoso

Facas que teriam sido usadas no crime

Levado ao Ciosp do Pacoval, ele alegou que foi roubado pelo adolescente e que estava tentando encontrá-lo, mas negou que o tenha assassinado.

“Ele roubou meu celular, eu vou deixar de graça? Ele tomou o meu celular e fui na captura”, defendeu-se demonstrando tranquilidade e frieza.

Ouça a entrevista.

Laerte Farias disse que vinha da casa de uma tia em direção à casa da mãe quando foi cercado por populares. Contudo, em alguns momentos da entrevista ao portal SELESNAFES.COM, ele deu a entender que teria sido o autor do crime.

“Mexeram com o cara errado, mexeram com paraense. Tomou meu celular e saiu feito doido. Dei R$ 948 reais pra ele vender por R$ 20?…se fosse eu que tivesse matado eu tava era rindo”, ironizou.  

Acusado admitiu outras duas mortes, e demonstrou frieza durante depoimento

Acusado admitiu outras duas mortes, e demonstrou frieza durante depoimento

Apesar de negar a autoria do crime, ele foi reconhecido por testemunhas.

 “Testemunhas disseram que ele simplesmente se aproximou da vítima que estava conversando com outra pessoa, sem anunciar assalto nem nada. Devia ter alguma rixa. No interrogatório ele foi bastante frio ao negar, afirmando que foi confundido. Ele admite que estava na rua armado com uma faca atrás de um indivíduo que teria subtraído seu celular. Ele diz que nesse momento foi cercado por uma aglomeração de pessoas que passaram a persegui-lo”, relatou o delegado plantonista Luis Carlos.

“Testemunhas confirmam que ele é o autor do homicídio”, acrescentou o delegado.

Durante o depoimento, Laerte Farias confirmou que praticou dois homicídios em Itaituba, um deles com pauladas, e outro a tiros. O acusado chegou a ser preso pela polícia paraense, mas teria sido colocado em liberdade.

Delegado Luis Carlos: testemunhas confirmam autoria

Delegado Luis Carlos: testemunhas confirmam autoria

A mãe do acusado não quis gravar entrevista, mas admitiu que o filho foi até a casa dela e se armou com duas facas. Disse que teriam roubado o celular dele, e “que isso não iria ficar barato”. Em seguida, ele tirou a camisa, deu um abraço na mãe e saiu.

A mãe de Laerte Farias também confirmou que o filho já matou dois homens em Itaituba, no interior do Pará.

O acusado foi autuado pelo crime de homicídio qualificado e será encaminhado para a audiência de custódia. Nesses casos, em função das testemunhas e antecedentes, a Justiça costuma decretar a prisão preventiva.

Seles Nafes
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