Criança tem caneta enterrada no olho há mais de 24h

Menina chegou ao HE de Macapá por volta das 10h de terça-feira, e até às 18h ainda não havia sido atendida. Conselho Tutelar foi acionado
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OLHO DE BOTO

O Conselho Tutelar da Zona Sul de Macapá foi chamado para acompanhar o drama de uma criança de apenas 3 anos que teve o olho esquerdo perfurado por uma caneta. Até às 18h da terça-feira, 6, ela ainda aguardava atendimento no Hospital de Emergência de Macapá (HE) onde chegou por volta das 10h. Por causa da demora no atendimento, os pais acionaram o conselho que informou o caso ao Ministério Público do Estado. 

O acidente doméstico aconteceu no município de Santana por volta das 8h, na casa onde a criança vive com a mãe. Um momento de distração foi o suficiente.

“A mãe relatou que se descuidou, e só ouviu depois a menina chorando com a caneta no olho”, contou o conselheiro tutelar, Márcio Barreto, que acompanha o caso.

Depois de um dia de agonia, a menina foi transferida para o HE

Depois de um dia de agonia, a noite a menina foi transferida para o HE 

A menina foi levada para o Pronto Socorro de Santana, mas em função da complexidade do ferimento ela foi encaminhada para o HE em Macapá, onde aguardou até às 18h por atendimento. Foi quando a mãe decidiu chamar o Conselho Tutelar.

“Por volta das 18h o Conselho foi comunicado que havia uma criança no HE desde as 10h da terça-feira com a caneta no olho. O Ministério Público foi informado e a direção foi chamada com o pediatra. Reivindicamos que a criança fosse atendida”, frisou o conselheiro.

A direção do HE comunicou que seria necessária uma cirurgia, mas que ela só poderia ser realizada por volta das 11h desta quarta-feira, 7. A menina foi transferida para um leito no Pronto Atendimento Infantil de Macapá (PAI) onde aguarda pela cirurgia.

Conselheiro Márcio Barreto: negligência

Conselheiro Márcio Barreto: negligência

A equipe médica avaliou que a caneta não perfurou o globo ocular, mas causou danos em artérias importantes. Ainda não é possível saber se a visão será afetada. A cirurgia é considerada de alta complexidade.

O conselho estuda a possibilidade de ingressar com ação contra o HE pela demora no atendimento, e contra a mãe por negligência.

Seles Nafes
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