Em escola onde aluno foi assassinado, PMs e estudantes fazem “força tarefa”

Policiais ajudaram a alunos em mutirão de limpeza numa estratégia que visa aproximar ainda mais a PM da comunidade
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De Santana, FERNANDO SANTOS

Durante o fim de semana, policiais do 4º Batalhão da Polícia Militar se uniram aos professores, alunos e funcionários da Escola Estadual Francisco Walcy Lobato Lima, localizada no Bairro Nova Brasília, em Santana. É a mesma escola onde um aluno foi assassinado no mês passado. Desta vez, a PM entrou na escola para participar de um mutirão de limpeza e alguns reparos básicos nas dependências do colégio.

A ação faz parte do projeto “Comando Itinerante nas Escolas”, que busca a integração entre polícia e comunidade, garantindo aos estudantes uma visão mais sensível para transformar a realidade escolar e efetivar o sentimento de responsabilidade com o ambiente educacional além de alertar para os perigos da criminalidade.

Alunos limpam terreno da escola. Fotos: PM/Divulgação

Alunos limpam terreno da escola. Fotos: Valdeí Balieiro

Comunidade reage à violência com trabalho .e integração com a PM

Comunidade reage à violência com trabalho e integração com a PM

“O projeto tem sido uma experiência inovadora. Já é possível perceber uma mudança real na rotina da escola, tanto no que diz respeito à segurança quanto às relações entre a comunidade escolar e a PM. Nosso foco também é orientar os estudantes sobre os perigos das drogas e criminalidade em geral”, explicou o sargento Ângelo Silva, da comunicação do 4º BPM.

A força tarefa realizou serviços de capina, podagem de árvores, substituição da Bandeira Nacional entre outras atividades.

No mês de novembro, um estudante menor de idade foi assassinado dentro da Escola Francisco Walcy. O principal acusado é um ex-aluno do colégio que foi apreendido no mesmo dia do crime. Desde o episódio, a comunidade escolar permanece assustada.

Bandeira Nacional foi substituída

Bandeira Nacional foi substituída

“É muito complicado. A violência está causando medo a todos nós. Mas a gente espera que tudo melhore a partir de agora”, comentou o autônomo Antônio Maia.

A Escola Estadual Elizabeth Picanço Esteves está prevista para ser a segunda instituição a receber o projeto que terá a duração de 15 dias.

Seles Nafes
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