HIV: De 2 mil pacientes, 500 deixaram tratamento no AP

Serviço que acompanha pacientes diz que parte morreu ou se mudou para outros estados. Mutirão ofereceu testes rápidos em praça de Macapá
Compartilhamentos

ANDRÉ SILVA

Cerca de 500 portadores de HIV deixaram de fazer o tratamento nos últimos anos, afirmou o Serviço de Atendimento Especializado a Pessoas com HIV  (SAE). Eram mais de 2 mil pacientes sendo acompanhados. Na tarde de quinta-feira, 1º, o SAE realizou um mutirão de testes rápidos na Praça Veiga Cabral, no Centro Comercial de Macapá, como parte da programação alusiva ao Dia Mundial de Combate à Aids.

Muitos podem ter simplesmente abandonado e desistido, mas a médica infectologista Cynthia Martins, que atua no SAE, acredita que parte dos pacientes morreu em decorrência da doença, ou se mudou para outros estados. 

Testes rápidos com resultado em 20 minutos. Fotos: André Silva

Testes rápidos com resultado em 20 minutos. Fotos: André Silva

Fila para fazer testes: felizmente nenhum deu positivo

Fila para fazer testes: felizmente nenhum deu positivo

“Sabe-se hoje que ter o HIV não é uma sentença de morte, por isso, a importância de manter o tratamento em dia”, destacou 

Além de testes rápidos par HIV, hepatites B e C, e sífilis, os profissionais promoveram na Praça Veiga Cabral o aconselhamento.

Sem medo da doença

Os jovens são as principais vítimas do vírus. A médica desconfia que esse comportamento descuidado se deva ao fato deles não terem acompanhado de perto a repercussão da pandemia nas décadas de 1980 e 1990.

“Nessa época nós vimos nossos ídolos morrendo ali na nossa frente quase que ao vivo, eles não testemunharam isso, por isso não criaram esse medo do contágio”, disse.

Pessoas que passavam pelo local aproveitaram o momento para fazer o teste. Em apenas 20 minutos, eles ficavam sabendo o resultado.

Médica infectologista Cínthia Martins: parte morreu ou se mudou

Médica infectologista Cínthia Martins: parte morreu ou se mudou

“Acho que esse tipo de ação é muito importante para que a gente lembre que prevenir ainda é  o melhor remédio. Eu mesma decidi fazer o teste para saber se eu tenho o vírus e se tiver, começar a me cuidar”, disse a estudante de enfermagem, Amanda Regina, de 21 anos.

Setenta e um testes foram realizados e nenhum deu reagente aos vírus.

O dia 1° de dezembro foi instituído como o Dia Mundial de Combate à Aids. Ele abre as programações do Dezembro Vermelho, mês dedicado ao combate da doença. 

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!