Mesmo com recursos, “Virada Afro” é adiada

Evento vai reunir 150 artistas e empreendedores da cultura negra do Amapá e da Guiana Francesa
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DA REDAÇÃO

A Secretaria de Políticas para Afrodescendentes (Seafro) anunciou o adiamento para o mês de janeiro da “Virada Afro”, festival que vai reunir todos os segmentos da cultura negra no Amapá e da Guiana Francesa.

Desta vez, o problema não é dinheiro, já que recursos da ordem de R$ 1 milhão foram garantidos por indicação do deputado federal Marcos Reátegui (PSD) no Ministério da Cultura. O dinheiro já está na conta do governo do Estado transferido por meio da Fundação Palmares.

Movimentos se mobilizaram diante do risco de não haver o evento. Fotos: Márcia do Carmo

Movimentos se mobilizaram diante do risco de não haver o evento. Fotos: Márcia do Carmo

A Virada estava marcada para o fim do ano, mas o governo do Estado demorou a assinar o convênio. Na última sexta-feira, 16, o deputado Marcos Reátegui se reuniu com o governador Waldez Góes (PDT) para tratar do assunto. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) ficou de emitir um parecer o mais rápido possível para organizar o convênio que foi assinado com atraso.

O risco de não haver a virada mobilizou os movimentos afros.

“Se o GEA não assinasse o convênio, poderíamos perder este recurso disponibilizado pelo deputado Marcos, e a oportunidade de fomentar a cultura, negócios e o turismo, principalmente depois deste ano em que os eventos tradicionais da cultura negra do Amapá não receberam incentivos do Estado. Mas tudo foi resolvido, e em janeiro teremos o Circuito Afro”, comemorou a artesã Regiane Soares.

Observado pelo presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira, deputado Marcos Reátegui assina liberação de R$ 1 milhão para a Virada Afro. Foto: Divulgação

Observado pelo presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira, deputado Marcos Reátegui assina liberação de R$ 1 milhão para a Virada Afro. Foto: Divulgação

“Conseguimos assegurar este recurso graças aos esforços dos técnicos da Seafro, das comunidades, do meu gabinete na Câmara Federal e da Fundação Palmares, que foi verdadeiramente parceira. Os últimos dias foram de muita tensão, porque o dinheiro  estava disponível, mas faltava a assinatura no convênio de um representante legal do Estado para ser transferido. Chegamos a achar que este recurso não seria investido em sua finalidade, que é fomentação do empreendedorismo e cultura dos povos afrodescendentes, mas a Palmares aceitou a assinatura do secretário de Cultura, Carlos Matias, antes que o prazo encerrasse”, disse o deputado. 

Virada Afro tem uma programação que irá durar 3 dias, envolvendo também segmentos e artistas da Guiana Francesa. Além de eventos culturais na orla de Macapá, haverá feiras de artesanato e gastronomia. Um grande número de visitantes de vários estados e da Guiana está sendo esperado.

A Seafro ainda não anunciou os dias de janeiro em que a Virada Afro será realizada, em janeiro.

Além de shows de Marabaixo, Batuque e reggae, haverá feiras de artesanato e gastronomia

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Seles Nafes
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