Empresas não se interessam em explorar o trapiche

Licitação aberta pela Setur não atraiu empresas. Espaços onde funcionavam sorveteria e restaurante estão abandonados e bondinho vandalizado
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ANDRÉ SILVA

O Trapiche Eliezer Levy, ponto turístico na Orla de Macapá, está reaberto desde o ano passado para visitação, apesar de o bondinho estar parado e deteriorado. Nem o banheiro tem condições de uso. A Secretaria de Turismo do Amapá (Setur) abriu licitação no início de 2017 para que os dois empreendimentos que existem local fossem ocupados, mas nenhuma empresa demonstrou interesse.

Agora, o certame foi reaberto e a secretaria aguarda que a iniciativa privada possa assumir os dois espaços onde chegaram a funcionar uma sorveteria e um restaurante. As empresas que ganharem o direito de explorar o local terão  que arcar com a reforma do banheiro que está sem portas e com as paredes riscadas.

Ponto turístico foi reaberto sem que empresas tenham se interessado por licitação aberta pela Setur. Fotos: André Silva

Ponto turístico foi reaberto sem que empresas tenham se interessado por licitação aberta pela Setur. Fotos: André Silva

Em relação ao bondinho, a secretaria disse que o equipamento foi “vandalizado”, e que só dará uma destinação final a ele depois que os dois espaços licitados estiverem ocupados.

O bondinho foi instalado no trapiche em meados dos 90, após o espaço passar por uma grande revitalização. Depois de alguns anos, ele parou várias vezes, mas nunca funcionou por muito tempo.

O trapiche é um importante ponto turístico da capital Macapá. O estudante paraense Edson Corrêa, de 24 anos, visita o estado pela sétima vez, e é a primeira vez que vai ao local.

Reforma do banheiro e das salas disponíveis será responsabilidade das empresas que assumirem serviços no trapiche

Reforma dos banheiros e das salas disponíveis será responsabilidade das empresas que assumirem serviços no trapiche

“Achei um ponto turístico bem interessante mas falta um pouco mais de infraestrutura. A gente percebe que o local está meio abandonado, assim como boa parte da cidade. Seria bom se este bondinho estivesse funcionando. Acho que ele seria um bom atrativo, sem falar que nos ajudaria a completar a jornada até o fim do trapiche”, comentou o estudante.

Ele estava acompanhado da irmã, Donatila Correa, de 31 anos, e suas sobrinhas. Ela, sabendo do desejo do irmão de conhecer mais a cidade, não perdeu tempo e o levou até o trapiche, mas não gostou do que viu.

Trapiche reabre mas sem atrações (9)

Edson Correa, com a irmã e as sobrinhas: bondinho funcionando ajudaria a completar jornada até o fim do trapiche

“Toda vez que eu venho aqui esse bondinho tá parado inclusive, estive aqui na véspera de ano novo e estava tudo interditado”, queixou-se.

O trapiche Eliezer Levy começou a ser construído em 1936 e foi inaugurado em 1945 pelo então prefeito Eliezer Levy, quando o Amapá ainda era território do Pará. O local seria usado para  atracação de embarcações, mas foi condenado pela Marinha do Brasil que disse que não serviria para aquela finalidade devido a baixa profundidade no local.

Banheiro está interditado

Banheiro está interditado

Seles Nafes
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