Família de jovem morto por oficial quer que MP assuma o caso

Parentes dizem que o oficial da PM estaria sendo beneficiado, e criticaram a postagem de uma foto da vítima nas redes sociais
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ANDRÉ SILVA

Amigos e familiares do agente de portaria Fernando da Silva e Silva, 26 anos, morto por um policial militar no último dia 18, fizeram uma manifestação no início da tarde desta quinta-feira, 23, na Rua Santos Dumont com Avenida Caramuru, no Bairro do Buritizal, local onde aconteceu o homicídio. Eles começaram a colher assinaturas para solicitar que o Ministério Público do Estado assuma o caso. Mais de 200 pessoas já assinaram o documento.

A manifestação começou por volta das 10h e aglomerou aproximadamente 150 pessoas, segundo os organizadores. Para eles, o policial está sendo “blindado”, mas não deixaram claro de que forma isso estaria ocorrendo.

“Queremos justiça que esse policial pague pelo crime bárbaro que cometeu. Que o MP olhe com carinho para o que aconteceu com meu irmão”, protestou Benedito do Socorro, de 34 anos.

Rapaz assina documento que pede transferência da investigação para o MP. Fotos: André Silva

Rapaz assina documento que pede transferência da investigação para o MP. Fotos: André Silva

Há alguns dias, corre nas redes sociais uma selfie de Fernando Silva na companhia de homens que estavam envolvidos em outros crimes. Um deles é Bruno Darlan, morto pelo Bope na última quarta-feira, 22.

A família avalia que se trata de uma tentativa de destruir a imagem da vítima morta com um tiro pelas costas pelo tenente Dilermano Carmo da Luz, após uma discussão. 

“O meu irmão não tem antecedentes criminais que pesem contra ele. Agora vai ver desse policial. O Fernando era uma pessoa boa e iria começar a trabalhar esta semana como agente de portaria”, rebateu Benedito do Socorro.

Manifestação na esquina onde o homicídio ocorreu

Manifestação na esquina onde o homicídio ocorreu

Na ultima terça-feira, 21, a Polícia Civil confirmou que a bala que atingiu a cabeça de Fernando Silva pertence à PM, uma pistola Ponto 40. O caso está sendo investigado pelo delegado Ronaldo Coelho, da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa. 

Seles Nafes
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