Mesmo com a crise, Afoxé do Formigueiro resiste

Bloco não teve abadás e nem percurso este ano. Mas o caldo foi mantido
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CÁSSIA LIMA

Enquanto muitos se recuperam para voltar a rotina depois do feriado, para outros foliões o Carnaval não terminou na Terça-Feira Gorda. Ao contrário, a festa continuou na Quarta-Feira de Cinzas, com o tradicional bloco “Afoxé do Formigueiro”.

O bloco distribuiu a primeira panelada de caldo por volta das 8h da manhã e não deu pra quem quis. O segundo panelão foi servido às 11h. Um carro de som embala a festa com as tradicionais marchinhas de Carnaval.

A festa desse ano está tímida, com poucos brincantes e sem percurso nas ruas, ao contrário de anos anteriores. Os brincantes tradicionalmente se reúnem atrás da igreja São José, no Centro, no também chamado de Largo dos Inocentes. Em 2017, os amigos que fundaram o bloco comemoram 23 anos de festa.

“O bloco surgiu da ideia de amigos de continuar brincando carnaval. Esse ano não tivemos abadás nem trio elétrico devido a crise, mas estamos aqui brincando e mantendo a tradição com o nosso caldo”, disse Eri Milhomem, um dos fundadores do bloco.

Poucos foliões no Afoxé do Formigueiro. Fotos: Cássia Lima

Poucos foliões no Afoxé do Formigueiro. Fotos: Cássia Lima

Não deu pra quem quis

Não deu pra quem quis

A festa do bloco começa oficialmente às 7 da manhã de quarta-feira e vai até às 13hs, mas tem brincante que fica desde o fim da Banda, na terça-feira. Esse é o caso da Kelly Tenório, de 32 anos.

“Eu estou desde às 17h da tarde de ontem. Vim com um grupo de amigos e apesar de não ter muita infraestrutura, como banheiro, a gente está aqui brincando e vamos até o fim”, frisou a brincante.

Kelly Tenório: direto da Banda

Kelly Tenório: direto da Banda

Eri Milhomem: caldo pra espantar a ressaca e a crise

Eri Milhomem: caldo pra espantar a ressaca e a crise

Seles Nafes
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