Sindicalista prega desobediência e justifica: “alunos não ficarão mais burros”

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SELES NAFES

Um vídeo polêmico que circula nas redes sociais mostra o presidente do Sindicato dos Servidores em Educação do Amapá (Sinsepeap), Aroldo Rabelo, aconselhando professores a descumprir normas da Secretaria de Educação do Amapá (Seed). Na sequência, ele justifica afirmando que os alunos “não vão ficar mais burros do que já são”.

A orientação foi dada durante uma assembleia com cerca de 50 filiados no Centro de Convenções João Batista Picanço, em Macapá, há cerca de duas semanas.

Dias antes, a Seed tinha editado a Instrução Normativa 02/2017, que não altera a carga horária do professor, mas determina que as 20 ou 40 horas semanais de aula sejam cumpridas em sua integralidade. O debate é antigo. O sindicato defende que parte dessas horas seja usada no planejamento das aulas. 

Aroldo Rabelo: "não cumpram". Foto: Reprodução

Aroldo Rabelo: “não cumpram”. Foto: Reprodução

Antes de iniciar os aconselhamentos, Aroldo tinha sido questionado sobre qual deveria ser a conduta dos professores diante da cobrança do cumprimento da instrução.

“Instrução normativa não é lei. Não cumpram isto. Ninguém vai para a cadeia e o aluno não vai ficar mais burro do que já é”, disse em tom ácido. O comentário é seguido de várias gargalhadas.  

Aroldo Rabelo disse que a instrução não tem peso jurídico, e pede aos professores que não tenham medo de eventuais processos judiciais pela desobediência.

“Só o Supremo tem força de lei. Eu Aroldo, presidente interino do sindicato, estou pedindo: não cumpram! Deixa com a gente isso. Nós assumimos isso. Quem vai responder a processo é a gente e o sindicato. Eu já descumpri decisão judicial”, comentou.

O vídeo vazou para as redes sociais no meio de uma queda de braço entre o sindicato e o governo do Estado. De acordo com a Seed, 61 das 400 escolas do Estado aderiram parcialmente à paralisação convocada pelo Sinsepeap.

A suspensão das atividades deveria ter ocorrido apenas na quarta-feira, 15, seguindo calendário nacional da categoria, mas no Amapá acabou sendo prolongado por mais 3 dias. Os professores protestam, especialmente, contra o parcelamento de salários.

O portal SELESNAFES.COM tentou ouvir o presidente Aroldo Rabelo, mas ele não atendeu e não retornou telefonema. No entanto, ele já havia informado ao portal que não “rebate” polêmicas em redes sociais. 

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