“Alôzinho” busca sensibilizar quem ainda pratica trote

Projeto dos órgãos de segurança pública foi criado em 2006 após bombeira morrer a caminho de falsa ocorrência
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CÁSSIA LIMA

O Projeto Alôzinho busca em 2017 trabalhar de forma efetiva o combate ao trote e a penalização para aqueles que insistem em fazer a brincadeira, nada engraçada. Na manhã desta quarta-feira, 5, a coordenação do projeto apresentou as mudanças e metas para este ano.

Criado em 2006, o Alôzinho foi criado com o objetivo de orientar crianças e adolescentes sobre os transtornos causados por um “simples” trote. A inspiração veio após a morte da bombeiro militar Patrícia Gonçalves Façanha, que deu nome à Lei N° 1.551. Ela foi alvo de trotes quando estava a caminho de uma ocorrência.

Lançamento do projeto este ano. Fotos: Cássia Lima

Lançamento do projeto este ano. Fotos: Cássia Lima

Em 26 de agosto de 2016, o governador do Estado, Waldez Góes, sancionou a Lei N° 2.089, que prevê que os donos de linhas telefônicas que originarem chamadas falsas para aos telefones 190 e 193 estão sujeitos à multa pecuniária, independentemente das sanções previstas na Lei Penal em vigência.

“A nossa meta é trabalhar com uma penalização para os trotes para todo aquele que reincidir com o trote, possa pagar até um terço do salário mínimo”, explicou a coordenadora do projeto, Maria de Nazaré Cordeiro Neves.

Maria de Nazaré Cordeiro Neves, coordenadora do projeto:

Maria de Nazaré Cordeiro Neves, coordenadora do projeto: responsáveis por trotes reincidentes devem ser penalizados

Atualmente, o Alôzinho é composto por servidores das polícias Civil, Militar, Técnico-Científica e Corpo de Bombeiros Militar. Ao todo, 25 escolas estaduais serão assistidas pelo projeto durante todo este ano, a meta é atender mais de 27 mil adolescentes e combater ao trote telefônico, às drogas, educação no trânsito e dicas de segurança.

“Esse ano nós temos uma parceria com a Unifap, para a oferta de cursos da tecnologia da informação. Os alunos podem concorrer as vagas e serão assistidos por toda um equipe técnico-educacional”, disse a coordenadora.

Em 2006, o projeto registrou 148, 2 mil trotes para o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes).  Em 2014, foram contabilizados 144,3 mil trotes. No ano de 2015 houve pouco mais de 34 mil ligações de falso socorro somente no primeiro semestre. O Centro ainda não dispõe dos dados concretos referentes ao ano de 2016.

Coordenação do projeto composta por equipe de agentes da segurança pública

Coordenação do projeto composta por equipe de agentes da segurança pública

De acordo com a professora e psicóloga da Unifap, Edna Oliveira, a meta dos projetos sociais para o Alôzinho é ofertar cursos para alunos com vulnerabilidade social e propor verdadeiras mudanças de personalidade.

“Vamos selecionar os alunos por meio de redação e outros por vulnerabilidade social. Eles serão crianças e adolescentes que precisam de um olhar diferenciado e um cuidado especial para trabalhar as relações sociais e as mudanças de caráter mesmo”, ressaltou a professora.

Seles Nafes
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