Após um ano da vistoria do MP em UBS, nada mudou

Unidades de saúde do Município foram vistoriadas e principais problemas encaminhados para secretaria
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ANDRÉ SILVA

Espaço inadequado, falta de vacina, de médicos, de exames de ultrassom e uma reforma que foi iniciada em 2014 e até agora não foi concluída, estão em uma lista de problemas identificados em uma visita técnica realizada pela Promotoria de Defesa da Saúde Pública de Macapá há um ano na Unidade Básica de Saúde Brasil Novo, localizada na zona norte de Macapá. Na manhã desta terça-feira, 4, a promotoria voltou ao local e encontrou tudo do mesmo jeito.

Além da UBS do Brasil Novo, todas as outras unidades de saúde do Município foram vistoriadas e um relatório apontando os principais problemas encontrados em todas elas foi elaborado e encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).

Entrada da UBS do Brasil Novo.

Entrada da UBS do Brasil Novo. Reforma não é concluída há 3 anos. Fotos: André Silva

Obras paradas no anexo do prédio

Obras paradas no anexo do prédio

O promotor André Araújo destacou que pouca coisa mudou desde última visita.

“Rapidamente podemos perceber que os problemas continuam, especificamente no espaço físico. Identificamos outras dificuldades novas que são a falta de ultrassom e ginecologista, que já vem acontecendo na rede municipal e isso vem prejudicando o atendimento à população que acaba pressionando os hospitais de média e alta complexidade do Estado”, destacou o promotor.

Promotor

Promotor André Araújo: problemas continuam

Ele reforçou que se após a data que será estabelecida para a solução dos problemas, dessa vez menor, nada acontecer, uma ação mais enérgica será tomada.

Falta de médico, vacinas, exames e espaço

A falta de médico já havia sido relatada pela Semsa, segundo o promotor, e vem acontecendo porque muitos desses profissionais, por não conseguirem cumprir a carga horária exigida pela secretaria, romperam contrato com o Município.

A dona de casa Adriana Brazão, de 27 anos, disse que para conseguir uma das vinte vagas disponíveis para clínico geral, precisa chega às 5h na fila.

“Não é fácil conseguir essa vaga. Dá muita gente. Até a vacina que a minha filha tem que fazer desde o mês passado não tem”, queixa-se a dona de casa.

Adriana Brazão: consulta com clínico geral é difícil

Adriana Brazão: consulta com clínico geral é difícil

Caixa d'água corre risco de cair

Caixa d’água corre risco de cair

Há 3 anos Paulo Damasceno dirige a unidade. Ele diz que a falta de médico já está sendo resolvida.

Em relação às reformas, ele explicou que até o mês de maio elas serão reiniciadas, isso inclui a continuação na implantação de um anexo que está com as obras paralisadas desde 2014, e a construção de um novo suporte para a caixa d’água, o atual que sustenta a caixa está prestes a desabar.

Quanto as adaptações pontuadas pela promotoria na sala de esterilização, limpeza e mais espaço, ele falou que não depende apenas de um esforço pessoal, mas em conjunto com a secretaria.

ubs - diretor

Paulo Damasceno: busca por solução de problemas

O diretor disse também que o serviço de ultrassom está sendo disponibilizado pela Carreta da Mulher, que este mês está estacionada no Bairro Infraero II.

“Devido a saída dos médicos ultrassonografistas, tivemos que colocar um médico do Estado que está fazendo o atendimento na Carreta da Mulher”, argumentou o diretor.

Ele nega que há falta de vacina e explica que para cada tipo de dose há um dia determinado.

 

Seles Nafes
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