Agente penitenciário é condenado por morte de ex-detento

MP alegou que a materialidade do crime era clara. Segundo a defesa, o réu agiu em legítima defesa.
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CÁSSIA LIMA
O Tribunal do Júri de Macapá condenou o agente penitenciário Paulo Vitor Braga Sousa a 6 anos de prisão pela morte do ex-detento Harisson George Sá Viegas. O crime aconteceu numa padaria no Bairro do Zerão, zona sul de Macapá, em 2014.
A sentença foi proferida na noite de segunda-feira (12), após um longo dia de julgamento. O homicídio não teve uma motivação aparente, segundo o Ministério Público do Amapá (MP).
“O agente penitenciário estava amanhecido, bêbado. O único motivo para que ele tenha matado e que a vítima era ex-presidiário. Mas isso não dá direito a matar ninguém”, frisou o promotor Afonso Pereira.
O homicídio ocorreu quando a vítima tomava café na padaria. Segundo o MP, o réu matou a vítima com oito tiros.

Testemunha é ouvida pelo Tribunal do Juri: julgamento terminou somente à noite. Fotos: Cássia Lima

Promotor Afonso Pereira: crime sem motivo

O réu chegou a ser preso, mas foi liberado três dias depois. Segundo a defesa, ele foi agredido a pauladas e agiu em legitima defesa contra a vítima.
“Conseguimos desqualificar para homicídio simples. Todos ficaram surpresos pelo excesso de tiros e pelas circunstâncias dos fatos com o resultado. Tivemos uma vitória”, avaliou o advogado de defesa, Charlles Bordalo.
De acordo com o advogado, não havia discórdia entre as partes. Foi um caso isolado de discussão que culminou com a morte da vítima após uma briga corporal com o réu. 
Seles Nafes
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