Carro conduzido por militar invade abrigo e deixa 3 feridos

Vítimas estavam indo para o trabalho. Motorista, que é sargento do Exército, estava alcoolizado, mas foi liberado
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OLHO DE BOTO

Um carro invadiu um abrigo de ônibus e deixou três pessoas feridas na manhã deste domingo (25), em Macapá.

O acidente ocorreu por volta das 6h20min, na Rua Paraná, no Bairro Nova Esperança. O condutor do carro que provocou o acidente é militar do Exército.

 “As vítimas estavam esperando o coletivo para ir ao trabalho. O motorista não informou se estava em alguma festa, mas aparentemente estava amanhecido. Isso acontece muito nos fins de semana. Ele é sargento do EB (Exército Brasileiro), mas o procedimento pra ele é o mesmo”, comentou o sargento M. Baía, do Batalhão de Trânsito da PM (BPTran).

O motorista é o sargento do Exército Marcelo Magno Nascimento, de 28 anos. Ele alegou que precisou desviar de outro carro que trafegava no sentido contrário quando perdeu o controle e invadiu o abrigo.

O teste do etilômetro confirmou que ele estava alcoolizado, mas, como o resultado acusou 0,17 miligramas, o caso foi considerado infração. Só a partir de 34 miligramas a situação seria considerada crime, o que resultaria em prisão flagrante.

Inicialmente, o sargento Baía informou que o motorista foi liberado, mas depois esclareceu ele foi conduzido para o Ciosp do Pacoval para prestar depoimento ao delegado de plantão, e deve ser liberado para responder por lesão corporal e dano ao patrimônio público. 

“Como isso não é crime? Ele estava embriagado e em alta velocidade. Ele dormiu no volante. Minha sobrinha está no pronto socorro desmaiada. Ela e o marido dela estavam indo trabalhar no Hospital Geral (Hcal)”, protestou o tio de outra vítima. 

Abrigo foi completamente destruído. Fotos: Olho de Boto

As três pessoas feridas foram levadas para o Hospital de Emergência de Macapá, mas nenhuma em estado grave.

 “Meu filho está com o tornozelo quebrado, a outra menina não sente a bacia. A outra está com um machucado muito forte. Pelo menos não correm risco de vida. As pessoas enchem a cara de cachaça. Eles iam pro serviço e como é que acontece isso?”, questionou indignado Edson Barbosa, pai de um das vítimas.

As vítimas foram identificadas como Edson Tavares de Oliveira, 22 anos; Ana Karolina Soares, 18 anos; e Maria do Socorro Freitas, de 28 anos. Todos são funcionários de uma empresa de conservação que atua na rede hospitalar.

Seles Nafes
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