Escola Militar não registra dados de violência em 2017

De acordo com estudantes, a disciplina dos militares fez diferença no cotidiano
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CÁSSIA LIMA

Nenhum incidente de furto, drogas e assalto foi registrado este ano na Escola Estadual Antônio Messias, localizada no Bairro Zerão, zona sul de Macapá. A instituição que iniciou o ensino militar em 2017 comemora a boa aceitação dos alunos e a gestão compartilhada positiva.

A escola não possui nenhum registro de furto, roubo, uso e venda de drogas ou armas encontradas. Em anos anteriores, segundo o Policiamento Escolar, várias facas, drogas e até assalto nas salas de aula e cantina foram registrados.

Os 1,1 mil alunos do ensino fundamental e médio da instituição têm as mesmas disciplinas de uma escola considerada normal. A diferença é a monitoria da Polícia Militar e o regulamento disciplinar. Quando os alunos estão com horário vago eles recebem orientações cívicas e disciplinares.

Diretor adjunto, Tenente Leandro: melhora significativa. Fotos: Cássia Lima

A estudante Geiciane Tavares da Costa, de 14 anos, que faz a oitava série, conta que o ensino militar trouxe mais segurança para os alunos e disciplina para a vida pessoal.

“Antes a gente tinha medo de assaltos dentro da sala, como ocorria no passado. Hoje chegamos, fazemos nossas atividades cívicas, os professores já estão na escola e mudou o jeito que todos se tratam. Não apenas com os militares, mas a educação entre os alunos”, destacou a adolescente que pretende terminar os estudos na instituição.

Gestão da escola é compartilhada entre militares e Seed

A escola Antônio Messias tem uma gestão compartilhada entre a Secretaria de Educação (Seed) e a Polícia Militar (PM-AP). A direção da escola é composta por militares, assim como as monitorias, mas os professores são do Estado e lecionam como em qualquer outra escola.

“Eles estão tendo um desempenho satisfatório. Percebemos uma melhora significativa nas áreas de exatas, se compararmos com as notas do ano passado. Além disso, muitos alunos foram aprovados na primeira fase das Olimpíadas de Matemática”, frisou o diretor adjunto, tenente Leandro Cruz.

Geiciane Tavares da Costa: Jeito que os alunos se tratam mudou

O trabalho da polícia na escola é ensinar seguindo a base nacional de ensino, mas com ações pedagógicas militares, com assuntos de ética, cidadania, respeito ao próximo e disciplina. No fim do primeiro semestre, os avanços no ensino serão apresentados para a comunidade escolar.

“Há muito tabu em relação ao ensino para as pessoas de fora, mas nós que estudamos aqui temos uma educação boa. Existe sim regras a cumprir, mas o respeito prevalece acima de tudo”, disse a estudante Ana Barbosa.

Projetos Sociais

No próximo sábado (24), a direção da escola lançará a partir das 9h da manhã os projetos sociais desenvolvidos pelo órgão de segurança como as aulas de natação, Cidadão Mirim e Proerd. Além disso, um grande tatame será montado na escola para as aulas de artes marciais.

Novo modelo de gestão aos poucos vai mudando a cara da escola e de seus alunos

Seles Nafes
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