Polícia prende acusados, e diz que tabelião morreu por conhecer os criminosos

Quatro tiveram a prisão decretada, e dois estão sendo procurados
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DA REDAÇÃO

Uma equipe da Polícia Militar no Arquipélago do Bailique, região ribeirinha de Macapá, prendeu nesta quinta-feira (13), dois acusados de participar da morte do tabelião Manoel Queiroz Barbosa, o “Manoelzinho do Cartório”, de 50 anos. Após uma investigação da Polícia Civil, que contou com o apoio da PM, quatro elementos tiveram a prisão preventiva decretada.

Mauro Souza Santana foi preso em Macapá, e Francinaldo Negrão Cordeiro foi encontrado no Bailique. Outros dois estão sendo procurados: Fernando Ribeiro das Neves e Aclauciano Cordeiro Santana.

O tabelião foi encontrado morto na casa onde morava sozinho, na Vila Progresso, sede do arquipélago, no dia 26 de junho. A Polícia Civil acredita em latrocínio, e que ele foi morto por ter reconhecido os criminosos que são todos da mesma região.

Manoelzinho do Cartório foi morto a facadas e golpes de terçado. A perícia apontou que ele lutou com os criminosos. Havia ferimentos nos braços e pernas que caracterizam que houve luta corporal .

“Roubaram R$ 1 mil em dinheiro e um cordão de ouro. Segundo informações anônimas, a vítima reconheceu eles porque são da região. Mas acredito que eles foram mesmo com a intenção de matar, porque foram armados com facas e terçados”, observou o delegado José Neto, que conduziu as investigações.

Delegado José Neto do Departamento de Polícia do Interior (DPI): apoio da PM foi fundamental. Foto: André Silva

A Polícia Civil teve dificuldades no início para resolver o caso, principalmente por causa da falta de testemunhas. O imóvel era isolado, e, portanto, não tinha vizinhos. No entanto, a delegacia contou com apoio da equipe do tenente Bryan, que ajudou no levantamento de informações e deteve um dos suspeitos, Fernando Ribeiro, há cerca de três semanas.

Ele prestou depoimento na delegacia, e apresentou muito nervosismo. Ao final, Ribeiro foi intimado para voltar dois dias depois e apresentar uma calça que ele foi visto usando na noite do crime.

“Provavelmente a calça estava suja de sangue e ele sumiu, empreendeu fuga. Não o encontramos em nenhum endereço que ele informou”, comentou o delegado.

Fernando Ribeiro, o “toco”, está sendo procurado. Foto: DPI

Com a troca constante de informações entre policiais civis e militares, o tenente Bryan conseguiu localizar outro suspeito, Mauro Souza Santana. Ele foi conduzido para prestar depoimento em Macapá, e acabou confessando o crime com riqueza de detalhes.

“Detalhou e revelou quem eram os demais infratores. De posse dessas informações, indícios e o fato do Fernando ter fugido, representamos pela prisão dos 4”.

Mauro Santana já está no Iapen, e Francinaldo Negrão deve chegar em Macapá no início da tarde escoltado pela PM. 

Seles Nafes
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