Promotor Moisés é conduzido em operação da Polícia Federal

Operação combate a exploração ilegal de ouro e uso de trabalho escravo no garimpo do Lourenço
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SELES NAFES

O promotor de justiça e atual secretário de Educação de Macapá, Moisés Rivaldo, que também é empresário, foi conduzido, na manhã desta quinta-feira (30), para a sede da Polícia Federal do Amapá durante o cumprimento de mandados da “Operação Minamata”. A operação tenta desarticular um grupo acusado de exploração predatória de ouro.

Ainda há poucas informações a respeito da possível participação do promotor com os crimes. Mas o portal SELESNAFES.COM conseguiu confirmar que o promotor está entre os que foram levados para a sede da PF, na zona norte de Macapá. Ainda não se sabe se preso, ou apenas conduzido para prestar depoimento.

A operação Minamata investiga a exploração de ouro com uso de mão de obra análoga ao trabalho escravo. Corretores de valores que atuam no mercado de investimentos também estão envolvidos, informou a PF numa nota pela manhã.

Os mandados estão sendo cumpridos no Amapá, Rio de Janeiro e São Paulo. Ao todo são seis mandados de prisão preventiva, 5 de prisão temporária, 8 de condução coercitiva, 30 mandados de busca e apreensão, e o bloqueio de R$ 113 milhões em patrimônio dos investigados.

De acordo com as investigações, o grupo atuava no garimpo do Lourenço, no município de Calçoene (norte do Amapá), e usava uma cooperativa de garimpeiros para uma falsa pesquisa de potencial mineral. Na verdade, garante a PF, a exploração estava ocorrendo em larga escala. Há danos incalculáveis para o meio ambiente, e pelo menos 24 trabalhadores teriam morrido em condições precárias de trabalho, a maioria por soterramento.

A PF afirma que, para aumentar a exploração, eram usadas substâncias como mercúrio e cianeto, daí vem o nome da operação. Minamata é uma cidade no Japão onde centenas de pessoas foram contaminadas por mercúrio.

As investigações estão sendo feitas desde 2016 em conjunto com o DNPM, Ibama, Ministério do Trabalho, Ministério Público Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Às 10h, os investigadores darão uma entrevista coletiva na sede da PF.

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