Em 2013 mais e 54 mil toneladas de peixe deixaram o Amapá e foram abastecer indústrias paraenses

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O pescado capturado na costa do Amapá está abastecendo mais de 30 indústrias de beneficiamento no Estado no Pará. É o que revela um levantamento feito pela Agência de Pescado do Estado (Pescap). Toda essa riqueza, aproximadamente 54 mil toneladas, deixou o Amapá sem gerar emprego e muito menos um centavo de tributos nos cofres do Estado durante todo o ano de 2013.

Todo o problema começa pela falta de infraestrutura pesqueira do Amapá. Faltam entrepostos de beneficiamento e fabricação de gelo nos polos pesqueiros mais produtivos, que ficam nos municípios de Oiapoque, Calçoene, Amapá e Laranjal do Jari. Além disso, a diferença entre a frota de embarcações do Pará e do Amapá é absurdamente grande. “Enquanto nós temos no máximo 30 embarcações de alto mar, o Pará tem mais de 600”, revela o presidente da Pescap João Bosco Alfaia.

Representantes da agência estiveram discutindo assunto em Belém e apresentaram o Pró-Pesca, um plano que tem um orçamento já garantido de R$ 64 milhões de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). O dinheiro já foi liberado, e agora os técnicos da agência preparam os projetos.

A ideia é ousada. O plano prevê a implementação de todas as etapas do setor pesqueiro, da estatística ao fortalecimento institucional, passando pela pesquisa, financiamento, fomento (não reembolsável), construção de trapiches para embarque e desembarque de gelo e pescado, além de instalação de fábricas de gelo e beneficiamento do pescado. “Também temos dinheiro para aumentar a nossa frota de embarcações. Já financiamos os primeiros seis barcos que já estão inclusive em atividade”, informou Alfaya.

A boa notícia é que boa parte desse plano já vem acontecendo. No mês eu vem começam as obras da fábrica de gelo de Calçoene (que terá capacidade para fabricar 30 toneladas por dia), Laranjal do Jari (14 toneladas) e do Bailique (9 toneladas por dia).

Com mais infraestrutura, não só os pescadores amapaenses poderão aumentar a produção e beneficiar o peixe, mas também barcos pesqueiros do Pará poderão se interessar em fazer o mesmo processo.

Seles Nafes
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