A sessão ordinária desta terça-feira (10) na Câmara de Vereadores de Macapá foi marcada por confusão e bate-boca. Durante as comunicações parlamentares, os vereadores Diego Duarte (PP) e Edna Auzier (PDT) que conduziam os trabalhos, foram surpreendidos por um grupo de técnicos e colaboradores de escolinhas de futebol que ocupavam as galerias da casa. Aos gritos, reivindicavam o pagamento de salários atrasados e a falta de investimento por parte do poder público.
O vereador Yuri Pelas (PMDB), que exerceu recentemente o cargo de coordenador de Esporte e Lazer de Macapá, falou que a dívida referente aos salários atrasados foi deixada pela gestão passada e que a situação está sendo avaliada pela PMM. “Eu entreguei vários kits de futebol, cerca de 20 só o mês passado, em várias escolinhas”, afirmou o vereador.
Bate–boca
Logo em seguida, os ânimos ficaram mais exaltados por parte de vereadores da base e da oposição. A discussão iniciou quando o vereador João Henrique (PR) afirmou que a parceria entre a PMM e o Governo do Estado não funciona, referindo-se à produção de asfalto e coleta de lixo em Macapá.
O vereador Alan Ramalho (PSB), que faz parte da base do governo, rebateu as críticas ironizando que João Henrique não estava andando nas ruas do município. “Se o senhor quiser, vossa excelência pode dar uma volta comigo, no meu carro que eu lhe mostro as ruas que estão sendo asfaltadas”, disse Ramalho.
Em seguida, o vereador Lucas Barreto (PSD) citou uma reivindicação feita na noite anterior por telefone de moradores do arquipélago do Bailique. As comunidades da região estão sendo coleta de lixo há mais de duas semanas. “Eles estão ameaçando jogar o lixo no rio, porque o odor está insuportável”, revelou Barreto.
Os vereadores foram interrompidos pelo vereador Diego Duarte que presidia a sessão no momento. “Vamos respeitar o regimento interno da Casa, nobres vereadores, sem levar para o lado pessoal e partidário”, argumentou Duarte.
A sessão que estava sendo transmitida ao vivo pela TV Record News terminou logo em seguida. As divergências continuaram mesmo depois de encerrada a transmissão pela televisão.