Droga apreendida pelo Bope chegou de avião e distribuição tinha participação de criminosos que estão no Iapen

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Por volta das 20 horas desta quinta-feira, 31, uma equipe do Bope abordou um carro em via pública no Bairro Daniel, em Santana, próximo ao Batalhão Ambiental. Dentro do veículo estavam quatro indivíduos e aproximadamente 1,1 quilos de substância entorpecente, possivelmente pasta base de cocaína.

Segundo o tenente Wendel Oliveira, um de seus homens reconheceu o motorista do veículo, Laércio Martins Moura, de 53 anos conhecido por “Pangaré”, que já cumpriu pena por roubo e tráfico de drogas no Instituto Penitenciário do Amapá (Iapen). “Por conta desse indício resolvemos abordar o veículo e encontramos esse material junto aos indivíduos”, contou o oficial.

tenente Wendel Oliveira

tenente Wendel Oliveira

As drogas estavam dentro da bolsa de Célia Trindade Balieiro Farias, de 31 anos. Também estava no veículo Raimundo Nonato Alves Mira, marido de Célia, que também já é conhecido por suas atividades de ‘distribuição’ de entorpecente no município de Santana. “Como encontramos os dois no veículo, decidimos realizar uma ação dentro da residência do casal e lá encontramos papel filme usado para o embalo da droga, uma balança de precisão, dois celulares e aproximadamente R$ 613,00”, informou o tenente.

Uma hora após a abordagem e entrega na 1ª DP de Santana, os celulares dos traficantes receberam várias mensagens de compradores que aguardavam o material. Por conta dessas mensagens os policiais passaram a investigar mais o caso. Foi quando o Raimundo Nonato contou que o material realmente seria para entregar a traficantes de Santana e que a substância teria chegado ao Amapá por meio de um homem conhecido como Fernando Aragão, que é uma espécie de transportador da droga. Ele viaja à Manaus, compra o produto na fronteira e traz para o Estado de avião.

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Célia Trindade Balieiro Farias, Raimundo Nonato, Laércio Martins, Adnelton Gonçalves

Segundo o Bope, o transporte aéreo de drogas não é comum no Norte do Brasil, pois os traficantes usam o transporte fluvial, por passar por menos fiscalizações que nos aeroportos.

A ação também irá resultar em uma punição administrativa e acréscimo de pena dentro do Iapen, pois além das mensagens, o celular de Raimundo recebeu uma ligação de seu irmão Gleicinilson Alves, que também cobrava pela entrega do material. “Quando recebemos a ligação, atendemos e decidimos nos passar por Raimundo. No início a pessoa do outro lado acreditou e falava que a entrega no bairro Daniel já deveria ter sido feita. Mas logo ela desconfiou e desligou o telefone. Apertamos mais uma vez as investigações e o traficante informou que a ligação era de seu irmão, Glecenilson, que atualmente cumpri pena dentro do Iapen por tráfico de drogas”, lembrou o tenente do Bope.

A informação foi repassada a administração do Iapen que deve tomar as medidas administrativas cabíveis para punir o interno. Além deles, Mário de Farias Ferreira, de 45 anos, também foi preso dentro do veículo. Ele era o único que não tinha passagem pela polícia.

 

O Lote:

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Os traficantes também informaram que nessa compra foi transportado ao Amapá 3 quilos da substância, que é acrescida por produtos e vendida a traficantes de Santana. “Esse material possivelmente ainda passaria por uma mistura com substâncias químicas, para aumentar a quantidade, que seria provavelmente transformado em papelotes de cocaína, em merla, que é a cocaína misturada com ácido sulfúrico e querosene, consumida dentro de cigarros normais ou em cigarros de maconha. Também viraria pedras de crack”, explicou o tenente do Bope.

Agora o caso será enviado à delegacia de tóxicos e entorpecentes para que as investigações continuem e possam alcançar os traficantes que mandavam mensagens cobrando a droga, e em um possível caso de tráfico de drogas dentro do Iapen.

Seles Nafes
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