Mesmo sem apoio do sindicato, um grupo de mototaxistas fez um protesto na manhã desta terça-feira, 7, em frente ao Ministério Público do Estado, para exigir mais rigor sobre a fiscalização de mototaxistas clandestinos. A manifestação, no entanto, deixou evidente uma crise interna na categoria.
No ano passado o Ministério Público expediu recomendação à Companhia de Trânsito de Macapá (Ctmac) para que retire de circulação o serviço pirata. Hoje cerca de 1,4 mil motos tem permissão para circular como mototáxis e estima-se que outros 2 mil rodem clandestinamente.
Apesar da reivindicação no ato público, a direção da entidade reconhece que a fiscalização vem sendo realizada. “A Ctmac fiscaliza. Se você observar o pátio do Detran há centenas de motos apreendidas por serem usadas para transporte clandestino. O sindicato não tem reclamação. Eles (Ctmac) nos mandam relatórios a respeito de todas as ações que são desenvolvidas”, afirmou o presidente do Sindicato de Trabalhadores Mototaxistas do Estado, Eduardo Rayol.
A manifestação dos mototaxistas revelou uma disputa interna na categoria. “Essa manifestação é uma disputa pessoal de mototaxistas que não aceitam a direção do sindicato. Muitos passam por cima da força sindical e fazem movimentos como esse, mas queremos deixar bem claro que não apoiamos essa cobrança em cima do Ministério Público. Sabemos que eles estão trabalhando e os resultados mostram isso”, avaliou o presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Macapá, Cleber Palmerim.
A retirada de cem por cento dos mototaxistas clandestinos não é uma unanimidade. Os mototaxistas não aceitam os clandestinos, mas ao mesmo tempo dizem entender a necessidade de todos trabalharem. “Não queremos brigas. Queremos igualdade a todos. Porque os clandestinos não de se legalizam?”, questionou o mototaxista que preferiu se identificar apenas como Pedro.