Bandidos usam Facebook para lamentar morte de assaltante. E eles postam até de dentro do Iapen

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O Grupo Tático Prisional divulgou nesta sexta-feira, 14, uma foto dos celulares recolhidos em uma ação dentro do pavilhão 4B, onde fica a cela do detento Yure Wenderson. Horas antes, ele havia postado uma nota de lamentação, em sua página no Facebook, pela morte do assaltante Jhonatan Correa Lopes, de 18 anos, que estava envolvido na tentativa de assalto que vitimou o sargento da Polícia Militar, Luiz Eduardo Vieira.

Foto de Yure dentro de sua cela no Iapen

Foto de Yure dentro de sua cela no Iapen

O caso se espalhou rapidamente pelas redes sociais, pois um grupo de pessoas postou muitas mensagens de “homenagem” ao assaltante, inclusive exaltando o fato da ação ter vitimado um policial. As movimentações dentro das redes sociais levou a Polícia Civil a abrir outro inquérito para investigar as frases e fotos encontradas nas páginas pessoais dessas pessoas, que em muitos casos incitam ainda mais a violência. Segundo a assessoria da Polícia Civil, uma pessoa foi interrogada no início da tarde, e foi liberada.

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Em meio às mensagens, pessoas se descrevem como “vida loka”, o que na gíria do crime é o mesmo que afirmar que se trata de bandido. As mensagens xingam os policias e ainda afirmam que a morte do assaltante não foi em vão porque “um policial foi junto”. Na imagem abaixo, uma pessoa que aparece como Júnior Amaral fala para Jhonatan (criminoso que morreu no assalto) descansar em paz e que a sua morte teve um valor. 

 

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Além dos comentários em torno da morte do assaltante, foram encontradas imagens de pessoas se exibindo ao lado de altas quantias em dinheiro, jóias, e outros materiais de valor. Mas o que mais chamou a atenção foram as fotos de pessoas se exibindo com armas de fogo. 

 

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Em um dos comentários aparece um perfil falso intitulado “Castelo Branco”. Ele orienta os “vida loka” a tomar cuidado porque sempre há um “policial” à paisana esperando para pegar mais um “mala” (bandido). 

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A lista de pessoas que se envolveram com os comentários é vasta. A polícia investiga pelo menos nove perfis, inclusive o do menor que participou do assalto à Divina Arte e que teria disparado o tiro fatal no sargento Vieira. No dia do assalto ele postou a foto abaixo exibindo uma quantidade em dinheiro que seriam R$ 5 mil.

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Após a repercussão das postagem nas redes sociais, os donos das páginas apagaram as frases, só que tarde de mais.

Seles Nafes
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